Os traumas e as "cicatrizes profundas" de Sarah Ferguson e a passagem da ex-mulher do príncipe André pelo hospital psiquiátrico
O abandona da mãe durante a infância, os cancros e os escândalos: Sarah Ferguson abre o livro da sua vida e dos seus problemas de saúde mental.Sarah Ferguson abriu parte do livro da sua vida e fez revelações surpreendentes sobre a sua passagem pelo hospital psiquiátrico Paracelsus Recovery, em Zurique. A ex-mulher do príncipe André esteve a tratar problemas de saúde mental causados por traumas de infância mas também pelos escândalos que a imprensa do mundo inteiro deu conta durante as décadas de 1980 e 1990, quando as mulheres da família real estavam debaixo de fogo, para além de ter enfrentado dois cancros
Numa carta ao britânico 'The Telegraph', a mãe das princesas Eugenie e Beatrice de York mencionou as “cicatrizes profundas” da sua infância, que lhe provocaram “sentimentos de indignidade que contribuíram para uma atitude pouco saudável em relação à comida, que muitas vezes ameaçava evoluir para um distúrbio alimentar em grande escala”.
"Falar abertamente sobre as dificuldades que enfrentei nem sempre foi fácil. Sempre soube que havia problemas que tinha de resolver, decorrentes da minha infância e da minha passagem pela vida pública. Depois, foi-me diagnosticado cancro duas vezes no mesmo ano, algo que seria um desafio para qualquer pessoa, tanto mental como fisicamente", revelou ao jornal.
"Tudo isto inspirou a minha recente visita à Paracelsus Recovery em Zurique, onde fui gentilmente recebida. Não tenho vergonha de revelar que a clínica me ofereceu um refúgio, conhecido pelo seu tratamento personalizado e de vanguarda para aqueles que lidam com problemas de saúde mental e dependências, particularmente para aqueles cujos problemas estão muitas vezes escondidos atrás de uma fachada pública", assumiu ainda.
Na carta, Sarah Ferguson falou ainda do abandono da mãe. "Não estava presente para o diagnóstico, mas falámos da minha própria infância e das marcas profundas que a minha mãe me deixou quando tinha 12 anos e foi viver para a América do Sul. Isto deu-me, sem dúvida, sentimentos de inutilidade e estou certa de que contribuiu para uma atitude pouco saudável em relação à comida, que muitas vezes ameaçava evoluir para uma perturbação alimentar grave", recorda.
O período em que esteve casada com o príncipe André e as manchetes dos tabloides dos anos 80 e 90 também deixaram as suas marcas, assim como a doença. "Atualmente, não me importo de admitir que a minha mente mergulhou na escuridão, concentrando-se na minha própria mortalidade, quando me foi diagnosticado, primeiro, um cancro da mama e, depois, um cancro da pele, que o meu pai tinha quando morreu e que também matou o meu melhor amigo", recordou ainda na carta.