Júlia arrasa Bárbara: "Ela foi rejeitada na SIC em vários formatos"
A ex-chefe de Bárbara Guimarães disse ao tribunal que a apresentadora nunca mais voltará à normalidade, afirmou que o público a rejeita porque tem um "dúvida sistemática sobre ela" e que tremem com medo da insegurança dela.
Bárbara Guimarães garantiu este fim de semana, durante a ModaLisboa que vai regressar em breve aos ecrãs. Dias antes, Gabriela Sobral, atual chefe da estrela da apresentação sublinhou, no lançamento da nova novela da estação 'Espelho D'Água' que a estrela em apuros da SIC "não foi afastada. Vai voltar em apoteose. Em bom". Mas a verdade é outra... E bem mais dura.
Esta segunda-feira, dia 13 de março, em declarações ao tribunal, no julgamento em que Bárbara é queixosa contra o ex-marido Manuel Maria Carrilho, a amiga e ex-chefe Júlia Pinheiro deu a machadada final na carreira da apresentadora: "Tudo isto se repercute na vida profissional dela, porque nós somos um todo, e é por isso que as pessoas nos seguem, nos lêem, se interessam pelo que se passa nas nossas vidas privadas. Isto nunca passará para a Bárbara. A vida profissional dela está irremediavelmente maculada por este processo e atrever-me-ia a dizer que nunca retomará a normalidade".
Durante 51 minutos, a directora de programas de entretenimento e apresentadora do programa 'Queridas Manhãs', na SIC, explicou ao tribunal como e porquê terá terminado a carreira de Bárbara Guimarães: "o público reage com rejeição e dúvida em relação a ela. Já não sabe se é verdade se é mentira. Neste momento a perceção que o público terá sobre a Bárbara é a de que é alguém que não é capaz. Foram tantas as insinuações sobre adições que qualquer insegurança será extrapolada. O público tem sobre ela uma dúvida sistemática que anula tudo o que possa haver de bom", esclareceu Júlia Pinheiro.
A diretora da SIC clarificou ainda os critérios da estação utiliza na hora de escolher ou preterir o rosto de um programa. "Quando se escolhe um apresentador joga-se na empatia que tem com o público. Há uma ligação. Se essa ligação, se essa confiança, está partida, quebra-se o elo, que é quase mágico, entre o telespetador e o apresentador. O telespetador só vai estar a julgar o seu comportamento e fica tudo distorcido", reiterou.
BÁRBARA FOI VÁRIAS VEZES A ÚLTIMA DO PACOTE
Assumindo que a SIC "protege-se e protege" Bárbara Guimarães ao afastá-la do ecrã, Júlia Pinheiro não deixa margem para dúvidas de que a estação não conta com a ex-mulher do ex-ministro socialista Manuel Maria Carrilho, por si acusado de crimes de violência doméstica e de difamação. "Quando se está a escolher um apresentador para um programa temos cinco hipóteses. Entre elas está a Bárbara. A Bárbara será provavelmente a última. Tudo porque sabemos que as pessoas não estarão a vê-la. Irão rejeitá-la por terem dúvidas sobre ela. Ela foi preterida por causa disso em vários formatos".
Os receios da SIC em relação a Bárbara Guimarães cresceram nos últimos dois anos, muito por força do que se terá passado no segredo dos bastidores do único programa que esta apresentava – os Globos de Ouro: "ela nunca caiu em palco, mas tremíamos quando ela entrava porque estava insegura e cada vez pior do ponto de vista emocional. A Bárbara quer muito trabalhar, mas a SIC percebeu qual é o olhar que o público tem sobre ela. O olhar do público é o nosso negócio. E o nosso negócio não pode ser desvalorizado", rematou.