Portuguesa acusada de racismo com filhos dos atores brasileiros Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, em restaurante de elite, vai a julgamento
A portuguesa Adélia Barros vai a tribunal acusada por crimes de injúrias agravadas e difamação depois de, alegadamente, ter proferido insultos racistas contra as crianças num restaurante "da moda", em São João da Caparica, em 2022.
Começa esta quinta-feira, no Tribunal de Almada, o julgamento de Adélia Barros, uma portuguesa que foi acusada de proferir insultos racistas contra os filhos dos atores brasileiros Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank.
Tudo aconteceu num conhecido restaurante de elite, na praia de São João da Caparica, em 2022. Na altura, foi inclusivamente divulgado um vídeo de Giovanna Ewbank a confrontar a portuguesa (veja o vídeo, em cima), que terá chamado "pretos imundos" às crianças, Títi e Bless.
"Uma mulher branca, que passava na frente do restaurante, xingou, deliberadamente, não só Títi e Bless, mas também a uma família de turistas angolanos que estavam no local - cerca de 15 pessoas negras. A criminosa pedia que eles saíssem do restaurante e voltassem para a África, entre outras absurdos proferidos às crianças, tais quais "pretos imundos"", podia ler-se no comunicado que o advogado do casal divulgou na altura.
A menina e o menino são de origem africana, do Malawi, e foram adotados pelos atores em 2016 e 2019, respetivamente.
Adélia Barros vai ser julgada pelos crimes de injúrias agravadas e difamação e arrisca mais de 2 anos de prisão. Porém, o Ministério Público entendeu que não estavam reunidas condições para a acusar de crimes relacionados com racismo.
No mês passado, Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank anunciaram que Day McCarthy, uma outra mulher, brasileira, que tinha feito publicações racistas nas redes sociais sobre a filha do casal, foi julgada no Brasil e condenada a 8 anos de prisão.