Primeiro o escândalo que chocou o País e depois o penoso calvário de Bárbara Guimarães durante 10 anos de lutas sem precedentes
O casamento da apresentadora com o antigo ministro Manuel Maria Carrilho terminou de forma muito feia.Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho estiveram casados de 2001 a 2013. Desse casamento resultaram dois filhos, Dinis Maria e Carlota. Os dois separaram-se debaixo de uma polémica sem precedentes em Portugal, entre processos de violência doméstica na Justiça, que se arrastaram pelos tribunais durante 10 anos.
A apresentadora da SIC Mulher, de 52 anos de idade, e Carrilho conheceram-se quando a apresentadora fez uma reportagem com o antigo ministro da Cultura, na altura para a TVI. "Convidou-me para jantar. Recusei algumas vezes, pois andava muito ocupada na altura", recordou a apresentadora. A insistência do antigo ministro acabou por resultar. "Fomos jantar ao Alcântara Café, em Lisboa — local onde pouco tempo depois faríamos a nossa festa de casamento", referiu ainda Bárbara Guimarães no livro autobiográfico 'Tempestade Perfeita. Como Sobrevivi à Tormenta'.
"A relação evoluiu rapidamente", Bárbara estava apaixonada e aceitou o pedido de casamento. Vieram os filhos e, mais tarde, o escândalo e o início do calvário. "A justiça fez-se, ao fim de 10 anos. Foi morosa e teve uma repercussão sem precedentes na minha vida." A apresentadora chegou a pensar em desistir da acusação de violência doméstica. "Ele não a vai largar", insistiu a advogada. "Pensei: 'Pois não. E agora o que é que eu faço?' Decidi: 'Vou lutar pela justiça e vou sobreviver'", decidiu a apresentadora.
Bárbara Guimarães foi uma das figuras públicas que marcou presença na iniciativa da Rádio Renascença, promovida pelas locutoras das manhãs — Ana Galvão, Inês Lopes Gonçalves e Joana Marques — no âmbito do projeto 'Três por Todos', que tem como tema central a luta contra a violência doméstica.
A apresentadora da SIC Mulher recordou o processo de violência doméstica contra o seu ex-marido, Manuel Maria Carrilho, e revelou que um dos grandes problemas de todo o processo é o tempo que demora. "Estou grata por esta iniciativa, estou aqui para dar o meu contributo. Sei que tenho estado muito em silêncio sobre isto, mas não estive em silêncio com muitas pessoas vítimas de violência doméstica que me falaram", começou por apontar.
"O meu problema de tudo isto é a morosidade. (...) O meu processo começou em 2013 e terminou em 2023, foram 10 anos para que tudo ficasse esclarecido. É muito tempo. É preciso eficácia, é preciso humanidade para isto desde o início", apelou a apresentadora.
No final da conversa, Bárbara Guimarães pediu ainda que se deixasse de usar um provérbio português: "'Entre marido e mulher não se mete a colher'. Vamos acabar com isto, não faz sentido nenhum."