Se esta casa falasse... o que esconde a mansão de Betty Grafstein em Sintra?
Das festas do jet set às guerras com funcionários, os segredos guardados da casa ocupada por Pedro Pico, a que Betty dificilmente regressará.
"A Casa Escadinhas do Visconde De Ouguela está localizada na cidade histórica de Sintra, a 150 metros do Castelo dos Mouros e a 600 metros do Palácio Nacional de Sintra. Esta casa do século XVIII está repleta de peças e detalhes de época renovados", assim era apresentada a casa de Betty Grafstein e José Castelo Branco, numa altura em que o socialite anunciava a casa numa plataforma de aluguer de casas para turismo, em 2017. Por essa altura, podia-se ficar na casa do excêntrico casal por 90 euros para 2 pessoas, com a diária a poder chegar aos 130 euros por pessoa. Outros tempos.
O imóvel foi adquirido pela joalheira, pago a pronto pagamento, em 1972, quando ainda era casada com o anterior marido, Albert Grafstein, falecido em 1991. Trata-se de uma casa senhorial em São Pedro de Sintra, a caminho da zona história da vila Património Mundial pela UNESCO, com vários pisos, um páteo, e que chegou a ser avaliada por 1,5 milhões de euros – uma vez mais, e com a crise imobiliária, a propriedade terá, atualmente, um valor substancialmente superior. As festas sumptuosas Na década de 1990 e início dos anos 2000, José Castelo Branco e Betty Grafstein receberam nesta casa muitas das celebridades do social nacional em faustosas festas que marcavam o final do verão. Festas sempre muito concorridas e amplamente divulgadas na imprensa. Na descrição de uma dessas festas, que normalmente tinham lugar em agosto, a 'Visão' descreve-a como tendo tido decoração de Pedro Ramos e Ramos, jantar para cem pessoas, confecionado por Danny Dagher, cozinheiro-chefe do Hotel Sheraton, na altura, e fados cantados por Alexandra e Paula Varela Cid. Só na decoração, o casal terá gastado 600 mil escudos em moeda antiga, o que equivale nos dias de hoje a cerca de €4.400. O preço do catering ficou guardado entre os segredos da casa.
As festas sumptuosas
Na década de 1990 e início dos anos 2000, José Castelo Branco e Betty Grafstein receberam nesta casa muitas das celebridades do social nacional em faustosas festas que marcavam o final do verão. Festas sempre muito concorridas e amplamente divulgadas na imprensa. Na descrição de uma dessas festas, que normalmente tinham lugar em agosto, a 'Visão' descreve-a como tendo tido decoração de Pedro Ramos e Ramos, jantar para cem pessoas, confecionado por Danny Dagher, cozinheiro-chefe do Hotel Sheraton, na altura, e fados cantados por Alexandra e Paula Varela Cid. Só na decoração, o casal terá gastado 600 mil escudos em moeda antiga, o que equivale nos dias de hoje a cerca de €4.400. O preço do catering ficou guardado entre os segredos da casa.
Mas a casa também guarda um lado mais obscuro. Na segunda-feira, 6 de maio, sob a condição de anonimato, um ex-funcionário de José Castelo Branco e Betty Grafstein que trabalhou na casa de Sintra alegou que o marchand d'art tratava e chamava os empregados de escravos. Em declarações ao 'Jornal Nacional', da TVI, o homem disse que acabou por despedir-se por incumprimento salarial e apontou que há "uma dívida de milhares de euros". Maus-tratos a funcionários e alegadas agressões a Betty O mesmo ex-funcionário, assegurou ainda à TVI que chegou a presenciar agressões de Castelo Branco a lady Betty. "Estava a pintá-la na casa de banho e vi-o a pregar-lhe um estalo, porque ela não ficava quieta. A Betty era uma boneca nas mãos do senhor. Cheguei e vi que a face da senhora estava toda vermelha e ela estava cheia de lágrimas", denunciou o homem. Ao longo dos anos, têm vindo a público várias queixas de empregados de José Castelo Branco. Em 2014, uma antiga funcionária do marchand d'art acusou o ex-patrão de passar fome, de agressão e de ordenados em atraso, de quando trabalhou para José Castelo Branco durante três meses em 2001. Misé, de seu nome, trabalhou na casa do socialite, em Sintra, acompanhando-o numa viagem aos Estados Unidos.
Maus-tratos a funcionários e alegadas agressões a Betty
O mesmo ex-funcionário, assegurou ainda à TVI que chegou a presenciar agressões de Castelo Branco a lady Betty. "Estava a pintá-la na casa de banho e vi-o a pregar-lhe um estalo, porque ela não ficava quieta. A Betty era uma boneca nas mãos do senhor. Cheguei e vi que a face da senhora estava toda vermelha e ela estava cheia de lágrimas", denunciou o homem.
Ao longo dos anos, têm vindo a público várias queixas de empregados de José Castelo Branco. Em 2014, uma antiga funcionária do marchand d'art acusou o ex-patrão de passar fome, de agressão e de ordenados em atraso, de quando trabalhou para José Castelo Branco durante três meses em 2001. Misé, de seu nome, trabalhou na casa do socialite, em Sintra, acompanhando-o numa viagem aos Estados Unidos.
Em declarações à imprensa, a antiga empregada deixou acusações muito graves: "ele chateou-se, apertou-me o pescoço e queria beter-me, mas estava lá um senhor da Chanel que lhe deitou as mãos. Não lhe perdoo (…) se não fosse o outro senhor, ele tinha-me dado uma tareia", descreveu na altura. Trapalhadas fiscais e outras dívidas E, depois, há as trapalhadas que envolvem a famosa casa de Sintra. Há exatamente um ano, a revista TV Guia revelava a história, comprovada por documentação oficial, de que José Castelo Branco não tinha pago obrigações fiscais da mulher em Portugal, nomeadamente vários IMI’s referentes à propriedade desta em Sintra, e que essas falhas atiraram a milionária norte americana para a lista de devedores até 25 mil euros no site da Autoridade Tributária (AT). Na altura, Castelo Branco acusava Pedro Pico, o inquilino da casa de Sintra, de ser o responsável pela mancha negra no nome de Betty, e voltava a desvalorizar as dívidas. O transformista Pedro Pico, que arrendou por 2.200 euros ao mês o palacete de Lady Betty Grafstein em Sintra – e que José Castelo Branco, o marido da joalheira norte-americana, acusa de não pagar as rendas – veio expor tudo num vídeo onde, além de se ver a ser agredido pelo marido da proprietária da casa, faz várias acusações graves ao socialite português.
Trapalhadas fiscais e outras dívidas
E, depois, há as trapalhadas que envolvem a famosa casa de Sintra. Há exatamente um ano, a revista TV Guia revelava a história, comprovada por documentação oficial, de que José Castelo Branco não tinha pago obrigações fiscais da mulher em Portugal, nomeadamente vários IMI’s referentes à propriedade desta em Sintra, e que essas falhas atiraram a milionária norte americana para a lista de devedores até 25 mil euros no site da Autoridade Tributária (AT).
Na altura, Castelo Branco acusava Pedro Pico, o inquilino da casa de Sintra, de ser o responsável pela mancha negra no nome de Betty, e voltava a desvalorizar as dívidas. O transformista Pedro Pico, que arrendou por 2.200 euros ao mês o palacete de Lady Betty Grafstein em Sintra – e que José Castelo Branco, o marido da joalheira norte-americana, acusa de não pagar as rendas – veio expor tudo num vídeo onde, além de se ver a ser agredido pelo marido da proprietária da casa, faz várias acusações graves ao socialite português.
"Vou-vos mostrar o contrato e todos os comprovativos de transferência de todas as rendas que foram pagas até hoje, paguei 35 rendas e só recebi um recibo de renda. (...) Quero dizer que esta casa tem três hipotecas, no valor de 700.000 euros e eu pago essas hipotecas", denunciou ainda Pedro Pico. Nos calabouços da GNR Entretanto, José Castelo Branco foi detido na manhã desta terça-feira, 7, após ser acusado de violência doméstica contra Betty Grafstein. José Castelo Branco deverá pernoitar na GNR de Alcabideche, depois de duas horas no Tribunal de Sintra, e prevê-se que seja presente a juiz amanhã, quarta-feira, depois da deligência prevista para esta terça-feira ter sido adiada devido à greve dos funcionários judiciais.
Nos calabouços da GNR
Entretanto, José Castelo Branco foi detido na manhã desta terça-feira, 7, após ser acusado de violência doméstica contra Betty Grafstein. José Castelo Branco deverá pernoitar na GNR de Alcabideche, depois de duas horas no Tribunal de Sintra, e prevê-se que seja presente a juiz amanhã, quarta-feira, depois da deligência prevista para esta terça-feira ter sido adiada devido à greve dos funcionários judiciais.
Enquanto isso, Betty Grafstein permanece internada nos cuidados intensivos, num hospital privado em Cascais, onde deu entrada depois de uma queda, alegadamente, e denunciado pela socialite, terá resultado de um empurrão do marido, e que terá originado a fratura do fémur. O estado da empresária ter-se-á agravado, primeiro com uma pneumonia, posteriormente com um edema pulmonar, encontrando-se em estado crítico.