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Carlos Rodrigues
Carlos Rodrigues A Grelha da Semana

Notícia

O erro do vídeo-árbitro

Novo sistema de arbitragem arrisca degradar o valor televisivo do futebol, o que vai limitar a sua utilização às pequenas ligas como a portuguesa. Tem a palavra a Sport TV.
12 de maio de 2017 às 06:00

Vou directo ao assunto: introduzir o vídeo-árbitro é uma má decisão, que, a prazo, irá baixar drasticamente o valor televisivo do futebol. É, aliás, bizarro que ainda não haja nenhuma posição pública da parte das estações que detêm os direitos das competições afectadas, no caso português a Sport TV.

É natural que o ambiente criado em redor da modalidade tenha empurrado a Federação para este caminho. No fundo, havendo uma via para reduzir a tensão, ela tem que ser testada. Mas, na verdade, o futebol é a primeira área relevante na Europa que cede perante a pressão dos populistas e dos demagogos, que teimam em incendiar a indústria em que se movimentam ao atribuir a falhas da arbitragem os seus próprios erros e fracassos.

Ainda por cima, tudo isto se baseia num equívoco: um demagogo será sempre um demagogo, que encontrará com facilidade o novo terreno no qual continuará a dar asas à sua demagogia. Para o demagogo, a culpa continuará a ser dos árbitros, apesar da suposta nova objectividade do vídeo.

Tudo isto ainda seria defensável se o sistema pudesse baixar, de facto, o número de decisões erradas, Ora, receio que isso não vá acontecer. Toda a decisão é subjectiva. Em breve haverá quem queira fiscalizar, e depois contestar, o próprio vídeo-árbitro.

Em resumo: prepare-se o espectador para interrupções absurdas nos directos televisivos, para a multiplicação dos momentos mortos, para o ataque ao génio através da arma do tédio, para o rumo dos acontecimentos alterado sem se perceber o sentido. Tudo isto sem qualquer ganho de causa, que pudesse equilibrar.

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