
Faz este sábado 5 anos que nasceu a CMTV. É o tempo certo para fazer um primeiro balanço. Trata-se do principal acontecimento da década na indústria dos media em Portugal.
De início, o canal foi emitido apenas na plataforma MEO, e só em Janeiro de 2016 chegou à plataforma NOS. Mesmo assim, ainda faltavam quase 2 anos para que o canal chegasse a 100% do cabo, o que acontece em Dezembro do ano passado, quando entra na Vodafone e na Nowo, sempre na posição 8.
Apesar de tantas limitações, em 2017 a CMTV atingiu a liderança do cabo, chegou à liderança entre os canais de informação, e ganhou mais de 300 dias do ano. Por tudo isto, este aniversário redondo é, também, a ocasião certa para fazer outro balanço, e um reconhecimento justo e raro nesta profissão: estamos perante um sucesso estrondoso que se baseia na visão do jornalista que imaginou o modelo da CMTV, Octávio Ribeiro, autor de uma criação que, se analisarmos com seriedade, antes de acontecer era tudo menos evidente.
Explicar o modelo começa, hoje, a ser possível: baseia-se na capilaridade nacional da redacção do CM, com meios de directo em todo o País; na opção editorial pela proximidade, que revolucionou as agendas noticiosas; e numa aposta séria no jornalismo de investigação, área que andava desaparecida das tvs portuguesas. O maior triunfo da ideia inicial de Octávio Ribeiro, plasmada no projecto CMTV, é este: quer a ocorrência do dia-a-dia, quer o grande esquema de corrupção, investigado doa a quem doer, está neste canal, melhor e primeiro. Os portugueses já sabem: é notícia? Está na CMTV!