
Se Miguel deu o exemplo, Francisco Monteiro, vencedor incontestado da edição do 'BB' que terminou esta semana, profissionalizou a questão. Semana após semana Zaza, como era chamado pelos companheiros do reality e os amigos no exterior, era o primeiro a ser "salvo" graças às massificação das chamadas de valor acrescentado em nome da sua permanência no programa. E de miúdo (com quase 30 anos) que se anunciou tímido e não teve pudores em falar de saúde mental, perseguições de que teria sido vítima, enquanto usava uma linguagem quase violenta dentro da "casa" com os companheiros, Monteiro foi crescendo até chegar à final, protagonizando ainda um jogo de sedução com duas concorrentes, do qual acabaria por sair sempre a perder... porque na verdade tudo ali já se resumia apenas e simplesmente a "jogo".
O "jogo" de que Cristina falava nas galas, o "jogo" onde as discussões e acusações fáceis reinavam, o jogo que perdera a inocência e se resumia já a uma luta pela vitória. Um jogo que movimenta milhares de euros, como qualquer raspadinha, mas onde o prémio nunca calha a quem joga nos seus preferidos. Monteiro é "culpado"? Claro que não. Definiu estratégia e colheu os frutos, simplesmente. A questão é que as regras do jogo já foram tão testadas que podem ser "viciadas". Então vai continuar tudo igual, agora que já percebemos que manipular não é assim tão complicado? Se calhar vale a pena pensarmos sobre isso...