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Francisco Moita Flores
Francisco Moita Flores Piquete de Polícia

Notícia

Bárbara Guimarães

Dificilmente Manuel Maria Carrilho vai escapar ao cumprimento de pena de prisão efectiva. Já condenado em dois processos com sentenças suspensas, vai liquidar a expectativa de viver as condenações por violência doméstica em liberdade.
13 de novembro de 2017 às 14:56

Dificilmente Manuel Maria Carrilho vai escapar ao cumprimento de pena de prisão efectiva. Já condenado em dois processos com sentenças suspensas, o julgamento, que está em vias de chegar ao fim, vai liquidar a expectativa de viver as condenações por violência doméstica em liberdade. Dificilmente sairá sem outra condenação, na medida em que o acórdão, que o condena a quatro anos e meia de prisão suspensa, condicionará a decisão do tribunal que se segue no rol de julgamentos a que este indivíduo foi sujeito. A verdade é que a sua intervenção no espaço público, indiferente ao bem supremo que deveria proteger, os filhos de ambos, se tem pautado por uma arrogância desmedida, completamente transtornado e obcecado em fazer mal a Bárbara Guimarães. No fundo, este homem continua a violentar a ex-companheira, multiplicando as sessões de espectáculo público, seja em torno da apresentadora, seja em aparente defesa dos filhos. Digo aparente defesa das crianças porque, na verdade, aquilo que temos assistido é a uma verdadeira manipulação dos filhos, como, aliás, reconheceu o tribunal, para dirimir um conflito entre adultos.

Este é o caso. O interesse superior do crescimento, bem-estar e educação dos filhos menores não pode, e não deve ser tocado, pelos interesses particulares dos pais. Sobretudo quando colidem e decidem separar-se. A atitude de Carrilho não é diferente daquela que muitas mulheres e muitos homens assumem na disputa de uma auto-vitimação que atribui ao outro todos os males do mundo. Imiscuir os filhos nos conflitos matrimoniais, ou pós-divórcio, é usar os elos mais fracos, que ainda unem um casal, para os maltratar em primeira instância, para os magoar querendo magoar o parceiro(a), desorientando-os, causando sofrimento cujas sequelas se prolongam pela vida fora.

Por outro lado, esta cruel evidência da violência doméstica destrói a reputação de quem faz este uso abusivo de quem devia proteger por dever de amar. Como diria a poetisa Rosália Castro, os filhos não foram ouvidos na hora em que nasceram. Não puderam escolher. São apenas filhos.

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