
Caminham aos magotes pelas estradas com Fátima no olhar. Não é mais uma peregrinação. Vão encontrar-se com o Papa Francisco. Levam dores de alma, cansaços nas pernas e carregam penitências por cumprir e rezam. Rezam para que regresse a esperança. Rezam que para que a saúde não falte. Rezam para que os trilhos do futuro sejam mais risonhos com a bênção de Francisco. Os jornalistas fazem reportagens nas estradas mais estranhas, por todo o lado, longas filas de peregrinos com uma luz no coração, diferentes, vindos de lugares tão distantes, andarilhos cansados, em sacrifício, marcados pela dor de tanto andar. Quando lhes perguntam o motivo a resposta, venham do norte ou do sul, da raia os das bandas do mar, respondem que é a fé. A fé que move montanhas, move os passos cansados, já fragilizados, olheiras fundas a desenhar a brutalidade do esforço. Por fé demandam Fátima. Por fé, procuram a bênção de Francisco. Nunca um Papa teve à sua espera tão grande número de humildes, esfomeados, mais fome da alma do que da barriga, num tempo onde se desentende tudo aquilo que nasceu na ordem secular das coisas certas. O Mundo tornou-se mais complicado na última década, mais difícil de entender. Mudanças em vertigem onde é difícil penetrar a razão. Só pela fé. Nunca um Papa foi tão desejado por ser um distribuidor de afectos. O sorriso fraterno. A palavra de consolo. A voz da Esperança. É por isso mesmo paradoxal que esta chegada de um homem de paz, e da Paz, tenha um dos mais poderosos dispositivos de segurança alguma vez montado em Portugal. Meses de preparação. Dias intensos de vigia. Olhos que vasculham cada centímetro quadrado de chão para que peregrinos e Francisco celebrem o conforto espiritual que chega neste encontro. É este Mundo estranho, picotado de violência, que os crentes procuram apreender pela Fé. Que todos se encontrem em Paz para celebrar a Esperança. Que todos, terminados os abraços, regressem em Paz.
Os jornalistas fazem reportagens nas estradas mais estranhas, por todo o lado, longas filas de peregrinos com uma luz no coração, diferentes, vindos de lugares tão distantes, andarilhos cansados, em sacrifício, marcados pela dor de tanto andar. Quando lhes perguntam o motivo a resposta, venham do norte ou do sul, da raia os das bandas do mar, respondem que é a fé. A fé que move montanhas, move os passos cansados, já fragilizados, olheiras fundas a desenhar a brutalidade do esforço.
Por fé demandam Fátima. Por fé, procuram a bênção de Francisco. Nunca um Papa teve à sua espera tão grande número de humildes, esfomeados, mais fome da alma do que da barriga, num tempo onde se desentende tudo aquilo que nasceu na ordem secular das coisas certas. O Mundo tornou-se mais complicado na última década, mais difícil de entender. Mudanças em vertigem onde é difícil penetrar a razão. Só pela fé.
Nunca um Papa foi tão desejado por ser um distribuidor de afectos. O sorriso fraterno. A palavra de consolo. A voz da Esperança.
É por isso mesmo paradoxal que esta chegada de um homem de paz, e da Paz, tenha um dos mais poderosos dispositivos de segurança alguma vez montado em Portugal. Meses de preparação. Dias intensos de vigia. Olhos que vasculham cada centímetro quadrado de chão para que peregrinos e Francisco celebrem o conforto espiritual que chega neste encontro. É este Mundo estranho, picotado de violência, que os crentes procuram apreender pela Fé.