"Deixei o meu pai sem olhos", gaba-se a filha de José Manuel Anes depois de o esfaquear. Sexóloga já foi detida pela PJ
Ana Anes, filha do criminologista e principal suspeita do ataque, confessou tudo nas redes sociais numa série de declarações bizarras e sem nexo, que parecem demonstrar perturbações do foro mental.Ana Anes é a principal suspeita de ter esfaqueado o pai, o conhecido criminologista e professor universitário José Manuel Anes, esta segunda-feira de manhã. De acordo com a CMTV, o idoso de 81 anos sofreu várias facadas na zona da barriga, mãos e pernas. A mulher tentou ainda cegá-lo, pressionando os dedos nos olhos da vítima.
O ex-presidente do Observatório da Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo deu entrada no Hospital de São José em estado grave, mas, segundo o 'Expresso', já estará livre de perigo.
A antiga sexóloga - e autora do livro 'Sete anos de Mau Sexo' - fugiu após o crime mas foi detida ao princípio da noite de segunda-feira pela Polícia Judiciária, não sem antes ter deixado um rol de confissões e declarações bizarras nas redes sociais, onde se apresenta como 'Ana Rawson'.
"Eu acho que deixei o meu pai sem olhos, mas devem ouvir dizer que morreu pacificamente", pode ler-se numa das publicações, dando assim a entender que ficou convencida que tinha matado o pai.
De seguida, descreve outros detalhes sórdidos sobre o ataque.
Noutras publicações, Ana faz acusações mirabolantes sob o passado do pai, incluindo, por exemplo, que teria sido ele a fabricar a bomba que matou Sá Carneiro, no atentado de Camarate.
A CMTV também avança que se terá tratado de um surto psicótico, o que não surpreende, tendo em conta a natureza destas publicações nas redes sociais, onde apresenta um discurso confuso e claramente alterado.
Já de acordo com a 'CNN Portugal', no momento da condução à cela no Estabelecimento Prisional de Tires, foi observado que a mulher se encontrava "emocionalmente fragilizada, apresentando sinais de choro". Foi monitorizada com regularidade e manteve-se sempre deitada, sem causar qualquer situação de risco ou distúrbio. Não foram ainda registados comportamentos agressivos, auto lesivos ou de agitação.