Choque! Presidente do Brasil diz que dorme com arma minutos antes do ataque à escola que fez 10 mortos
Presidente do Brasil afirmou que só consegue dormir com a arma ao lado e que a mulher, Michelle Bolsonaro, aprova. Pouco depois acontecia a tragédia na escola Suzano, em São Paulo.
Foi uma das grandes "armas" de campanha de Jair Bolsonaro para as presidenciais do Brasil. Em janeiro, o eleito presidente do Brasil cumpria aquela que foi a mais polémicas das suas promesas eleitorais ao assinar o decreto lei que veio facilitar o acesso às armas de fogo.
Minutos antes do trágico atentado na escola Suzano, em São Paulo – que terminou com 10 mortos, entre alunos e funcionários da escola e os atiradores – Jair Bolsonaro conversava com jornalistas e dizia-lhes que "dorme com uma arma ao lado de sua cama, no Palácio da Alvorada".
Segundo avança a 'Folha de São Paulo', o presidente brasileiro garante que "só consegue mesmo dormir sabendo que a arma está ali", ao seu lado, e que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, "compreende o seu gesto".
Dois antigos alunos da escola Suzano, em São Paulo, Brasil, mataram quarta-feira, dia 13, oito pessoas num tiroteio, cinco delas adolescentes, alunos da escola, duas funcionárias e o dono de uma empresa de aluguer de automóveis.
Depois de matarem, o atirador mais novo, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos de idade, matou o mais velho, Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, segundo confirmou a polícia ao jornal brasileiro G1. Guilherme Taucci Monteiro suicidou-se de seguida, passando para 10 mortos o total de vitimas deste massacre.
O tiroteio começou às 9:30 da manhã quando as aulas da escola de Suzano já tinham iniciado. Guilherme e Luis Henrique pararam o carro junto do portão da escola, carregaram as armas, entraram pela porta da frente e começaram a disparar indiscriminadamente.
À hora do "café da manhã", onde Bolsonaro revelou que não consegue dormir sem a arma junto à cama, a tragédia da escola de Suzano ainda não era conhecida. Foi notícia minutos depois. Quando se soube do tiroteio e das mortes, Bolsonaro remeteu-se ao silêncio... durante mais de seis horas. Afinal, três meses antes tinha assinado o decreto que veio facilitar o porte de arma.