Atira "bomba"! Alexandra Borges arrasa antigo colega e coloca em xeque responsáveis da TVI: "Envergonha a classe"
A jornalista, que saiu a mal da TVI, critica estação onde trabalhou e atira-se a André Carvalho Ramos: "Agressor condenado pode continuar a ser jornalista?"
Já sem amarras à TVI, Alexandra Borges - um dos nomes que esteve sempre ligado ao jornalismo de investigação de Queluz de Baixo - atira-se forte e feio à estação de onde saiu há poucas semanas, tendo batido a porta com estrondo.
A razão dessa crítica pública tem a ver com André Carvalho Ramos envolvido num processo de violência doméstica contra o namorado. O caso foi tornado público no final do ano passado num texto publicado nas redes sociais de Emanuel Monteiro, também ele jornalista da TVI. Por ser considerado um crime público, o MP avançou com as investigações contra André Carvalho Ramos.
Este acabou por ser condenado na passada segunda-feira, 16 de novembro, dos crimes de ofensa à integridade física. A violência doméstica ficou por provar. Perante a setença atira Alexandra Borges: "Se fosse um deputado, nós jornalistas não descansaríamos enquanto o próprio não retirasse as devidas ilações da gravidade desta condenação mas,sendo um jornalista, para alguns será irrelevante".
"Pois para mim não! Isto envergonha a classe e o canal de TV que estimo e para o qual trabalhei uma vida, ajudando a fazer da TVI a grande casa que é hoje. Nós jornalistas e outros colegas do ecrã, que participamos em iniciativas contra a violência seja ela doméstica ou não, não podemos admitir isto", disse para prosseguir: "Com que legitimidade ficamos para questionar? Como será interpretada uma atitude de indiferença perante esta situação por parte dos telespectadores, das vítimas de violência doméstica e do povo português?".
Não contente, continuou: "A mim nunca me enganou e a instrumentalização que fez da história só convenceu os ignorantes que nunca se deram ao trabalho de ler a acusação de violência doméstica".
"Ontem só ficaram provadas as agressões porque a prova de violência doméstica fica, quase sempre, silenciada e amordaçada entre quatro paredes. No final, a própria juíza fez questão de dizer que, apesar de não haver prova para condenar o agressor por 57 factos gravíssimos de violência doméstica, ele não a tinha conseguido enganar", concluiu a jornalista.