É só dívidas! A vida "apertada" do deputado Miguel Arruda, que alegadamente roubava malas no aeroporto
O antigo deputado do Chega foi alvo de buscas nas suas residências nos Açores e em Lisboa por suspeita de furto qualificado. Agora, sabe-se que o açoriano tem dezenas de milhares de euros em créditos pessoais.
O deputado açoriano Miguel Arruda terá sido filmado pelas câmaras dos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada com malas roubadas a turistas, que depois colocava no interior da sua, na casa de banho. Os bens furtados seriam depois vendidos numa plataforma de roupa em segunda mão.
Com viagens constantes entre Ponta Delgada, de onde é natural, e Lisboa, para marcar presença no Parlamento, Arruda está a ser investigado desde novembro, altura em que começaram as denúncias de que estaria a roubar a mala de outros passageiros.
Bem vestido e com naturalidade, aproximava-se do tapete rolante das bagagens e, num gesto mecânico, pegava na sua mala, grande, por sinal, e na que estava ao lado. Dirigia-se, depois, à casa de banho mais próxima, onde a sua bagagem como que 'engolia' a furtada. Quando deixava o WC, já só tinha uma mala e encaminhava-se sorridente para a saída do aeroporto.
Agora, a revista Sábado avança que o açoriano tem dezenas de milhares de euros em créditos pessoais. O antigo técnico superior da empresa de resíduos urbanos Musami, na Ribeira Grande - antes de se tornar deputado da Assembleia da República eleito pelo Chega - tinha um rendimento anual de 20 mil euros, o que não era suficiente para fazer face às dívidas que acumulou.
Diz a Sábado que Miguel Arruda acumulou vários créditos pessoais: 3.632 euros à Cofidis, 14 mil euros e 1.921 euros ao BNP Paribas, 581 euros de Cartão Universo, 28 mil à Caixa Geral de Depósitos, entre outros declarados na Declaração Única de Rendimentos, Património, Interesses, Incompatibilidades e Impedimentos, consultada pela já referida publicação. No total, o passivo declarado ascende os 50 mil euros.