EXCLUSIVO: polémica com Nininho Vaz Maia abre guerra no Chega de André Ventura
A Concelhia do Chega de Azambuja está em polvorosa após missiva contra a presença de Nininho Vaz Maia na Feira de Maio da vila ribatejana. A líder da bancada do partido de André Ventura na Assembleia Municipal já veio demarcar-se e tecer duras críticas à posição da dirigente local Inês Louro, através de comunicado a que a FLASH! teve acesso.A polémica à volta de Nininho Vaz Maia abriu uma guerra na Concelhia do partido Chega, de André Ventura, de Azambuja. Através de um comunicado assinado pela presidente da Comissão Política Concelhia de Azambuja do Chega, Briana Batalha, o partido liderado na Câmara Minicipal daquela localidade ribatejana pela advogada Inês Louro mostra-se “manifestamente contra a escolha de Nininho Vaz Maia para atuar na nossa festa”.
“A presença de Nininho Vaz Maia ofende os princípios do mundo rural, do camponês, do campino, do cavaleiro, do folclorista; ou seja, do homem ribatejano, humilde, de trabalho árduo”, justifica ainda o comunicado do Chega.
“O cantor em causa não é só conhecido pelo seu brilhantismo musical, mas também por um passado ligado à prática de rixas, e na atualidade por ser constituído arguido por fortes supeitas de branqueamento de capitais aliadas à prática de crimes graves. Achamos que esta contratação não dignifica os valores da festa para a qual foi contratado”, continua o mesmo documento assinado por Briana Batalha, referindo-se à Feira de Maio, que irá ter lugar entre os dias 22 e 26 de maio naquela localidade.
Porém, o polémico comunicado está a gerar uma guerra dentro do próprio partido de André Ventura em Azambuja, com vozes discordantes ao 'veto' da presença de Nininho Vaz Maia nas festividades daquela vila ribatejana.
LÍDER DA BANCADA DO CHEGA DEMARCA-SE DA POSIÇÃO DO PARTIDO
Maria Pinto, líder da bancada do Chega na Assembleia Municipal de Azambuja, demarcou-se da posição do partido pelo qual foi eleita como independente, através de um comunicado a que a FLASH! teve acesso, em que se mostra muito crítica à posição assumida pela representante local do Chega, Inês Louro.
“Sou totalmente contra este comunicado, pois em nada retrata os meus valores, a minha formação moral e a minha forma de estar na vida. É lamentável que se diga que o artista em questão ofende os princípios do Mundo Rural, do Camponês, do Campino, do Cavaleiro, do Folclorista (esqueceram-se do Forcado – figura característica do nosso País), mas ofende porquê? Por ser Cigano? Por ser oriundo de um bairro “frágil”? Não será ele também um Homem humilde? Que ama as suas gentes, o seu povo?”, questiona Maria Pinto.
"O Partido Chega de Azambuja deveria estar sim preocupado com os valores que se gastam nos variadíssimos concertos, quando esse mesmo dinheiro faz falta noutras coisas no nosso Concelho! Já tantos artistas passaram por Azambuja e porquê só julgar este? Será por ser Cigano? Mas o partido Chega não é um partido anti-racismo?", aponta ainda a líder da bancada do Chega na AM de Azambuja.
"Acho lamentáçvel este comunicado, como deputada Municipal e Líder de Bancada, eleita pelo partido Chega, no concelho de Azambuja, como cidadã, como Azambujense, não me revejo neste comunicado, considero-o simplesmente uma ideia infeliz", refere igualmente Maria Pinto, que, segundo a FLASH! apurou, já tinha assumido não se recandidatar às próximas eleições autárquicas pelo Chega.