Ganham muito? Cristina Ferreira e Manuel Luís Goucha defendidos com recado a ordenados milionários da RTP
Críticas de José Carlos Malato à despesa pública na Jornada Mundial da Juventude foram mote para Flávio Furtado apontar o dedo à estação pública.
Flávio Furtado reagiu, na emissão desta segunda-feira do ‘TVI Extra’, às críticas de José Carlos Malato em relação à despesa pública feita na Jornada Mundial da Juventude, evento que se vai realizar entre os dias 2 e 6 de agosto, contando com a visita do Papa Francisco, e que, entre Estado e autarquias, terá já ultrapassado os 80 milhões de euros.
"Também há dinheiro do Estado que é entregue a algumas companhias de teatro, onde algumas figuras públicas, que se estão a insurgir contra estes gastos agora, também beneficiam e algumas que não vão beneficiar toda a gente. Acho que estarmos a questionar como é que é gasto, como é que não é gasto… As pessoas às vezes têm muito pouco conhecimento para estar a falar sem saber", afirmou, demonstrando discórdia acerca da posição do apresentador da RTP.
De seguida, defendeu Cristina Ferreira e Manuel Luís Goucha sublinhando os salários auferidos por profissionais da estação pública: "Nós temos figuras na RTP… e não vou falar sobre o Malato, vou generalizar. Quando as pessoas me dizem que a Cristina Ferreira ganha milhões, o Goucha ganha milhões, o não sei quem ganha milhões… A ganharem milhões, trabalham em canais de televisão privados, a mim custa-me saber que há figuras que trabalham num canal de televisão público, que sou eu que também ajudo a pagar com os meus impostos".
"Esses aí eu acho que ganham muito, acabam por ganhar muito mais do que aquilo que ganha, por exemplo, um Primeiro-ministro, um Presidente da República, que têm muito mais responsabilidade do que eles e o mesmo dinheiro que paga os vencimentos de algumas figuras públicas vem do mesmo sítio que está a vir agora o dinheiro da Jornada Mundial da Juventude", completou o comunicador da estação de Queluz de Baixo.