
A disciplina que estuda as impressões digitais tem o nome de dactiloscopia. Embora fossem conhecidas desde a Antiguidade Oriental, as impressões digitais ganharam um novo impulso a partir dos meados do séc. XIX quando se estrutura o método em que assenta o conhecimento científico. Os postulados de Darwin, assim como o contributo de Mendel, considerado o pai da genética, levaram alguns pensadores a colocar hipóteses sobre a hereditariedade ser reconhecida através da anatomia externa dos dedos e das palmas das mãos. Não admira. A preocupação ancestral sobre paternidade e heranças abria as portas a possibilidade de, através das impressões digitais, estabelecer laços de consanguinidade. Porém, as conclusões de várias décadas de investigação apontaram noutro sentido. O inglês Francis Galton, no seu famoso estudo Finger Prints, haveria de demonstrar que nenhum ser humano tem impressões digitais e palmares iguais a outro ser humano. Ora tal descoberta, veio reconfigurar a dactiloscopia. Não identificava famílias, no entanto identificava cidadãos. É neste quadro que se desenvolve a identificação de indivíduos quer para a construção do Estado moderno, quer nos serviços de polícia para identificar criminosos. Vucevitch, Bertillon, entre muitos, deram o contributo decisivo para a aplicação da dactiloscopia a investigação criminal. Diga-se, a este propósito, que em Portugal, o primeiro indivíduo identificado pelas impressões digitais foi da responsabilidade de Rudolfo Xavier da Silva, em 1908, médico da então Morgue de Lisboa que, em 1918 passaria a ser o Instituto de Medicina Legal.
Os postulados de Darwin, assim como o contributo de Mendel, considerado o pai da genética, levaram alguns pensadores a colocar hipóteses sobre a hereditariedade ser reconhecida através da anatomia externa dos dedos e das palmas das mãos. Não admira.
A preocupação ancestral sobre paternidade e heranças abria as portas a possibilidade de, através das impressões digitais, estabelecer laços de consanguinidade. Porém, as conclusões de várias décadas de investigação apontaram noutro sentido. O inglês Francis Galton, no seu famoso estudo Finger Prints, haveria de demonstrar que nenhum ser humano tem impressões digitais e palmares iguais a outro ser humano. Ora tal descoberta, veio reconfigurar a dactiloscopia.
Não identificava famílias, no entanto identificava cidadãos. É neste quadro que se desenvolve a identificação de indivíduos quer para a construção do Estado moderno, quer nos serviços de polícia para identificar criminosos. Vucevitch, Bertillon, entre muitos, deram o contributo decisivo para a aplicação da dactiloscopia a investigação criminal.