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A fama difama!, por Nelson Ferreira Pires

Há alguns anos atrás, a fama tratava-se de uma apreciação ou reputação favorável, talentosa, gloriosa em que o talento ou engenho caracterizavam determinada pessoa. A sua condição tornava-a popular, célebre e notória. Mas a fama mudou de personalidade e agora não é necessariamente o talento que torna alguém famoso. Os meios tradicionais de comunicação e agora as redes sociais tornam famosos e conhecidos alguns, despertando em nós a vontade e o desejo de conhecermos o seu "lado anónimo", a "porta traseira" das suas casas, da sua família e "invadir" os seus quintais e as suas piscinas.
20 de outubro de 2021 às 12:33
Nelson Pires
Nelson Pires Foto: dr

Albert Einstein tinha uma definição de fama curiosa mas julgo que errada ou pelo menos redutora: "A fama é para os homens como os cabelos - cresce depois da morte, quando já lhe é de pouca serventia." Julgo que se queria referir mais a "homenageado e elogiado" que famoso. E se os mortos falassem… mas voltemos à fama, algo que muitos perseguem, outros evitam e alguns nem se preocupam. Como tudo o que é nobre, é uma palavra feminina que caracteriza uma pessoa ou uma situação com uma apreciação que o público tem da própria. 

Há alguns anos atrás, tratava-se de uma apreciação ou reputação favorável, talentosa, gloriosa em que o talento ou engenho caracterizavam determinada pessoa. A sua condição tornava-a popular, célebre e notória. Mas a fama mudou de personalidade e agora não é necessariamente o talento que torna alguém famoso. Pode ser a extravagância do José Castelo Branco, a simpatia de alguns famosos, o brilho de algumas pessoas, o six pack de alguns sujeitos (vou tentar não mostrar inveja), o gestor de sucesso, a cantora mais vista do YouTube, a antecipação da próxima moda, a coscuvilhice e até a "burrice" e ignorância de pensar que o maior continente do mundo é o de Matosinhos (lollll). Como um cartaz ou um outdoor que promove características e comportamentos que geram opiniões públicas generalizadas. Os meios tradicionais de comunicação e agora as redes sociais tornam famosos e conhecidos alguns, despertando em nós a vontade e o desejo de conhecermos o seu "lado anónimo", a "porta traseira" das suas casas, da sua família e "invadir" os seus quintais e as suas piscinas. Aliás até existe um anónimo que deve ser dos artistas mais famosos do mundo - Banksy. Mas se a fama tem consequências muito positivas, "nem tudo são rosas". Muitos são os motivos pelos quais ouvimos alguns dizer que preferiam ser desconhecidos: a invasão da privacidade e consequente refúgio num micromundo protegido, a capacidade de entender que ser famoso é uma profissão e as selfies e autógrafos fazem parte dela sem horário, os boatos e rumores infundados, a aproximação por puro interesse e colagem ao glamour de forma não genuína, o voyeurismo vulgar, as críticas por inveja ou apenas porque sim… e se no nosso mundo como cidadãos comuns, tudo isto acontece, imaginemos na vida dos famosos. Mas não podemos ter o bem sem o mal, ou o céu sem o inferno, são inerentes e intrínsecos.

Mas nem todos somos iguais e manifestando já o meu conflito de interesses por ser aqui colunista, entendo que a Flash consegue exercer a sua actividade, muita ligada á fama e ao flash da popularidade, celebridade e notoriedade, com elegância e respeitando os limites de bom senso, privacidade e até cumplicidade com os famosos. Mas este brilho não é geral e existem muitos meios e suportes que exploram boatos, rumores, falatórios, para criar (e reforço "criar") notícia. Talvez esse seja o presente e futuro da fama que pode difamar, mas quem entra neste mundo e daí  tira partido, já sabe que tem de "pagar a factura". Por vezes, a Fama, Difama!

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