Lia Gama recorda infância dramática marcada pela violência, que acabou mesmo por chegar aos tribunais
A atriz emocionou-se ao recordar os tempos em que foi viver com o pai e a madrasta, onde as agressões eram constantes.
Lia Gama, de 78 anos, esteve no 'Alta definição' da SIC e em conversa com Daniel Oliveira recordou a infância que não foi de todo feliz.
Após a separação dos pais, atriz foi viver com o pregenitor e a madrasta, e desde sempre se sentiu a mais na casa onde vivia. O cenário de violência física e psicológica era constante.
"Eu era tão agredida fisicamente que as vizinhas fizeram uma carta anónima para o tribunal de menores, a queixarem-se daquela casa onde uma criança era muito maltratada", relembra a atriz.
"Quanto mais me batiam menos eu chorava, agrediam-me e eu não chorava, o que os desesperava.", acrescentou.
O pai e a madrasta da atriz foram inclusive ouvidos pelo tribunal, mas foram absolvidos. Lia nunca os denunciou, guardando para si, tudo o que acontecia, algo que até hoje não esquece.
Mais tarde, Lia Gama admitiu que o pai a procurou e pediu desculpa pelo que a fez passar: "Antes de morrer, ele disse-me que realmente não tinha sido um bom pai e pediu-me desculpa e eu disse-lhe que era verdade e que ele podia ir em paz, porque se ele tivesse sido um bom pai, eu não era quilo que sou hoje", explicou emocionada.