Grupo de antigos juízes acusa Juan Carlos de defraudar as Finanças

Já dura há vários anos as investigações do Ministério das Finanças espanhol sobre a origem da fortuna do rei emérito, escondida em vários países, e que o levou a procurar exílio nos Emirados Árabes Unidos. Há a suspeita de que o pai de Felipe VI terá cometido vários crimes como branqueamento de capitais, fuga ao fisco, suborno e tráfico de influências.

Agora, o cerco aperta. No início desta semana, um grupo de antigos magistrados, advogados anti-corrupção e jornalistas apresentaram uma queixa contra Juan Carlos por alegadamente ter defraudado as Finanças.

Os queixosos alegam que as regularizações de impostos que Juan Carlos apresentou em 2020 e 2021 não cumprem os requisitos legais, uma vez que os pagamentos que tinha a haver só foram efetuados depois de ter sido notificado de que havia uma investigação a decorrer. Da primeira vez, o rei emérito pagou 600 mil euros, e, na segunda tranche, mais 4,4 milhões de euros.

De acordo com a 'Monarquía Confidencial', Juan Carlos reagiu à nova polémica "com serenidade e otimismo".

Contudo, a verdade é que mais um escândalo só vai aumentar a fricção entre o antigo monarca e o seu filho, Felipe VI. Este ano, Juan Carlos visitou Espanha com frequência e houve uma reaproximação com o primogénito, mas agora tudo indica que as tensões entre eles vão regressar em força.