Depois de vários anos de polémica, o príncipe André e a ex-mulher, Sarah Ferguson, terão concordado finalmente em abandonar a mansão de Royal Ledge, onde vivem há mais de 20 anos... sem pagar renda.
O 'Daily Mail' avança que o ex-duque de Iorque - que renunciou aos títulos reais na semana passada devido às suas alegadas ligações com o traficante sexual Jeffrey Epstein - impôs no entanto uma condição ao irmão: quer duas outras mansões em troca.
São elas a Frogmore Cottage - a casa onde o príncipe Harry e Meghan Markle viviam - e a Adelaide Cottage, que até há pouco tempo era o lar dos príncipes de Gales, William e Kate.
Este é um atrito antigo entre Carlos III e André. A imprensa britânica há muito que pressionava o monarca a expulsar o irmão da propriedade de Royal Ledge, avaliada em cerca de 30 milhões de libras, depois de se saber que tinha assinado um controverso contrato em 2003 com o Crown Estate - a entidade pública que administra as propriedades da Coroa - que permitia que vivesse na mansão sem pagar a renda da mansão de 30 quartos até 2078.
O documento afirma que André entregou um milhão de libras e que, em troca, a renda - que seria de 260 mil libras por ano - seria paga "com um grão de pimenta", um termo jurídico que implica apenas um pagamento simbólico. Uma das condições é que seria André o responsável por pagar qualquer obra de renovação, e é o que o príncipe tem feito: ao longo dos anos, André investiu quase 8 milhões de libras em obras na propriedade.
Esta fortuna investida na mansão também levantou outras dúvidas na imprensa britânica: onde é que o príncipe caído em desgraça vai buscar tanto dinheiro, tendo em conta que já não recebe os 288 mil euros por ano que recebia por ser membro ativo da família real britânica, cargo que abandonou em 2019 precisamente devido às polémicas com Epstein?
Embora não haja conhecimento oficial sobre a fortuna do irmão do rei Carlos III, sabe-se que a reforma da Marinha lhe rende 23 mil euros anuais.
Em 2022, vendeu um chalet de luxo em Verbier, na Suíça, por 23 milhões de euros. E, em 2007, tinha vendido o palácio de Sunninghill Park por 17,2 milhões.
O biógrafo Andrew Lownie garante ainda que André tem investimentos na Ásia e no Médio Oriente.