Perante o caos, empresário Miguel Guedes de Sousa, marido de Paula Amorim, dá 'puxão de orelhas' a Luís Montenegro
Na mensagem enviada ao primeiro-ministro, o empresário sublinha que a situação do aeroporto de Lisboa “ultrapassou claramente o aceitável”.O empresário Miguel Guedes de Sousa, marido de Paula Amorim, dirigiu-se diretamente ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, para alertar para aquilo que classifica como um “colapso operacional continuado” no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. A carta do empresário ao chefe de Governo surge na sequência de mais um fim de semana marcado por longas horas de espera no controlo fronteiriço, que afetaram milhares de passageiros, incluindo famílias com crianças, e voltaram a expor fragilidades estruturais na principal porta de entrada do País.
Segundo relatos de passageiros citados pelo 'Correio da Manhã', este domingo, 28 de dezembro, o aeroporto de Lisboa viveu um verdadeiro caos, com situações de voos que aterraram pelas 11h15 cujos passageiros a ficarem retidos no aeroporto mais de seis horas, sem previsão de saída. Em vários casos, o tempo de espera para passar pelo controlo documental superou a duração do próprio voo, incluindo viagens de longo curso.
Perante este contexto, Miguel Guedes de Sousa, marido da empresária Paula Amorim, figura central do grupo familiar Amorim, a família mais rica de Portugal, e associada a projetos de referência como a Comporta e espaços de luxo como o JNcQUOI, decidiu intervir. Na carta enviada a Luís Montenegro, à qual o 'Correio da Manhã' teve acesso, o empresário sublinha que a situação “ultrapassou claramente o aceitável” e que não se trata de um episódio isolado, mas de um problema recorrente com impacto direto “na economia, na imagem do país e na confiança de quem nos visita e investe”.
Na missiva, Miguel Guedes de Sousa chama a atenção para as horas de espera prolongadas, que deixam “passageiros exaustos, turistas indignados e operadores económicos em alerta máximo”. Descreve ainda um efeito em cadeia que começa nos aeroportos e se estende a todo o setor turístico: agências de viagens em dificuldade, hotéis confrontados com cancelamentos, restaurantes e serviços a perder clientes, e uma reputação internacional construída ao longo de décadas a ficar fragilizada.
Perante este cenário, o empresário apela a uma resposta imediata do Estado. “Não podemos esperar mais um dia. Este é um momento que exige liderança direta, autoridade do Estado e decisão imediata”, escreve, defendendo que a resolução do problema é urgente e essencial para salvaguardar a imagem de Portugal enquanto destino turístico e país atrativo para o investimento.