"Vergonhoso" e "Desrespeito às vítimas" as reações à nova série da TVI com... Nuno Markl a meter-se ao barulho

"O poder e a influência. Os abusos e a vergonha. De um momento para o outro, a vida de várias mulheres e de uma família vai mudar!" descreve a TVI numa partilha feita no Instagram para promover a série 'O Arquiteto' que estreou esta segunda-feira, 22. Na caixa de comentários há alguns internautas que manifestam a sua indignação: "Que é isto ? Vergonhoso. dar esta porcaria a esta hora ? VERGONHA TVI" ou "Esta série nem deveria passar sequer é um desrespeito às vítimas deste violador que ficou impune e continuou a vida como se nada tivesse acontecido!"

Posições que advêm do facto desta série ser alegadamente inspirada no escândalo de Tomás Taveira. Mas esta onda de indignação é mesmo anterior à sua estreia. Já há alguns meses, quando se começou a falar deste projeto da estação de Queluz de Baixo que as reações desfavoráveis não tardaram a circular nas redes sociais.

Perante tudo isto, Nuno Markl não conseguiu calar a sua própria opinião. "Sinto que se está a perder critério no ódio", começa por escreveu o humorista na sua conta de Instagram para explicar: "O Rui Melo [o protagonista da série] estava a gravar o 'Taskmaster' connosco quando a série 'O Arquiteto' foi anunciada. De imediato, choveu fúria 'instagrâmica' sobre ele, a equipa da série e a TVI. Pela razão mais insólita: pessoas que não tinham visto a série meteram na cabeça que ela iria fazer do protagonista um herói."

E continua o radialista da Rádio Comercial: "A ânsia de odiar é tal que se cilindraram algumas evidências - o facto de ser uma série escrita pela Patrícia Muller (Madre Paula), realizada pelo João Maia (Variações) e interpretada por um elenco de atores inteligentes e sensíveis deveria gerar mais curiosidade e interesse do que ataques que até ameaças envolveram", opina.

"O primeiro episódio deixou claro o óbvio: que este grupo de artistas nunca faria a série que algumas pessoas - na melhor das intenções, em alguns casos - criaram nas suas cabeças e condenaram sem ver, terminando até o episódio com o contacto da APAV", considera Markl para terminar: "Percebo: o tema é delicado, os receios são legítimos. Mas o caso tem pano para mangas para uma boa e útil série de ficção. Disparar primeiro e só perceber depois se a bala foi ou não bem gasta não me parece boa política."