
Esta semana fui alertado para um programa chamado 'Quatro Horas no Capitólio'. Trata-se de um documentário sobre o assalto ao Capitólio, nos Estados Unidos, por apoiantes de Donald Trump, fez agora em janeiro um ano. As imagens são todas reais: junta transmissões feitas em direto nas redes sociais pelos próprios invasores, os vídeos das câmaras corporais dos polícias que intervieram na ação, e também a videovigilância do próprio edifício, que alberga o coração do poder legislativo da maior potência do mundo. Alguns dos intervenientes aceitaram falar sobre o que se passou naquele dia 6 de janeiro de 2021, e no qual morreram cinco pessoas, um polícia e quatro manifestantes. O resultado de tudo isto é um documento extraordinário, porém aterrador, em que se vê o pânico em bruto de uma horda de energúmenos a entrar, quase sem resistência, no palco central da democracia, na sequência das palavras, em forma de apelo, do próprio ex-Presidente americano. Lá dentro decorria a sessão para validar o resultado das eleições que deram a Joe Biden a presidência, e o objetivo do assalto era manter Trump no poder. Quer os senadores quer os congressistas foram retirados das salas de sessões por escassos polícias que conseguiram criar vias de fuga com muita dificuldade, porque eram poucos. A determinada altura, um congressista recorda que, há um ano, se recusaram a abandonar o edifício porque não sabiam se voltariam. E nesse momento evitou-se um autêntico golpe de Estado na América. O programa é um dos exemplos mais bem feitos e pertinentes da nova moda da televisão: narrativas em bruto sobre acontecimentos reais, documentos que contribuem para a construção da memória coletiva. Para já, está apenas na plataforma a pagar HBO, e tem entre nós um público potencial ainda restrito. Razão para darmos nota da excelência deste 'Quatro Horas no Capitólio', para que mais leitores conheçam as tendências internacionais da linguagem televisiva.
Alguns dos intervenientes aceitaram falar sobre o que se passou naquele dia 6 de janeiro de 2021, e no qual morreram cinco pessoas, um polícia e quatro manifestantes. O resultado de tudo isto é um documento extraordinário, porém aterrador, em que se vê o pânico em bruto de uma horda de energúmenos a entrar, quase sem resistência, no palco central da democracia, na sequência das palavras, em forma de apelo, do próprio ex-Presidente americano. Lá dentro decorria a sessão para validar o resultado das eleições que deram a Joe Biden a presidência, e o objetivo do assalto era manter Trump no poder. Quer os senadores quer os congressistas foram retirados das salas de sessões por escassos polícias que conseguiram criar vias de fuga com muita dificuldade, porque eram poucos. A determinada altura, um congressista recorda que, há um ano, se recusaram a abandonar o edifício porque não sabiam se voltariam. E nesse momento evitou-se um autêntico golpe de Estado na América.
O programa é um dos exemplos mais bem feitos e pertinentes da nova moda da televisão: narrativas em bruto sobre acontecimentos reais, documentos que contribuem para a construção da memória coletiva. Para já, está apenas na plataforma a pagar HBO, e tem entre nós um público potencial ainda restrito. Razão para darmos nota da excelência deste 'Quatro Horas no Capitólio', para que mais leitores conheçam as tendências internacionais da linguagem televisiva.
PROGRAMAÇÃO - CHEF, MAS JÁ POUCO
Domingo, fiz questão de assistir a alguns minutos do programa do chef Ljubomir. Essa é a primeira conclusão: é necessário fazer um esforço para aguentar uns minutos daquilo. Lá apareceu novamente o chef a praguejar e a zurzir nos concorrentes. Ljubomir Stanisic não é um profissional da televisão, mas na verdade quase se tornou num. Saberá por isso que a cristalização da sua imagem esgotada carece de uma pausa longa. Se ele não souber, a SIC deve dizer-lho.
INFORMAÇÃO - TANTO TAMBÉM NÃO
É extraordinário como as multidões voltaram à rua por causa da política. E como as televisões estão encantadas com estes tempos de campanha eleitoral, ansiosas que estavam, como os espectadores, por mudarem de assunto. O encanto é tal que se cai no exagero: desta vez, o programa de Araújo Pereira sobre os partidos não está a ser tão bem conseguido como costumava: ter de recorrer, domingo passado, aos jornalistas Carlos Daniel e Bernardo Ferrão como convidados é prova de que todo o excesso farta. O resultado ressentiu-se.
SOBE - CRISTINA FERREIRA
Retirar o concorrente Leandro da casa do BB foi um golpe de mestre: reduziu a conflitualidade interna, retirou-se uma das personagens mais agressivas, e deu azo ao crescimento de um ambiente mais familiar no reality show. Os ingredientes, agora, podem juntar-se da forma mais conveniente para a estação.
SOBE - MARCO PAULO
As venenosas redes sociais foram rápidas a atacar por causa de um gesto entre ele e Ana Marques, mas a reação de ambos pôs o problema nos seus exatos termos. Digno de registo é que, com Marco Paulo na tarde, a SIC voltou a ganhar folgadamente ao sábado. Hoje em dia, isso começa a ser raro.
MANTÉM - DANIEL OLIVEIRA
Janeiro fecha com a SIC na liderança, como aqui se previu atempada- mente. Porém, os sinais de aproximação da TVI crescem, e nota-se que alguém muito assertivo está a gerir os ingredientes do Big Brother. Creio que fevereiro será um enorme desafio a Daniel Oliveira. O jogo das audiências está em aberto.