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Carlos Rodrigues
Carlos Rodrigues A Grelha da Semana

Notícia

O dilema de Cristina

Apresentadora está nas manhãs, nas tardes e nas noites da TVI. Cristina Ferreira é uma das personalidades de maior sucesso na televisão portuguesa. A multiplicação de formatos e de horários é, contudo, um risco tremendo para o seu futuro.
01 de setembro de 2017 às 12:50

O momento em que um apresentador de televisão força o sucesso até ao limite é o ponto decisivo da sua carreira. Cristina Ferreira está em todo o lado. Estreou-se com um estilo espontâneo, baseado numa voz repentista e numa presença física efusiva.

Foi decantando essas características até atingir um carisma avassalador. Impôs-se como parceira nas manhãs de Goucha, numa altura em que isso não era fácil. Foi o seu primeiro grande triunfo, que lhe reforçou a auto-estima no ar, ao ponto de extravasar do 'day time' para o horário nobre, e depois para todos os horários.

Cristina é sempre um acontecimento: ela faz as manhãs, faz as 7 da tarde, e agora faz também o Domingo à noite; Cristina está nas capas das revistas, está na sua própria revista e monopoliza a publicidade; Cristina ocupa as redes sociais, experimenta a literatura erótica e as biografias confessionais, ocupa as crónicas do coração, e o mais que há-de vir. O público de tudo parece gostar. Cada triunfo traz a tentação de novo desafio.

E, assim, eis que chegamos ao tal momento-chave da carreira de Cristina Ferreira, em que o sucesso está a ser forçado até aos limites. O sintoma de Domingo passado, em que  o 'Apanha se Puderes' perdeu com estrondo para os apanhados da SIC, é um sinal de que Cristina não é invencível. A apresentadora de maior talento da sua geração está a ser usada pela TVI neste momento difícil, numa estratégia que a desgasta mais a ela do que à estação. Aprender os limites do sucesso será a diferença entre uma carreira duradoura e o desgaste rápido na próxima era de Queluz de Baixo.

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