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Francisco Moita Flores
Francisco Moita Flores Piquete de Polícia

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Feliz Natal!

Todos os anos renovamos os votos de esperança na paz e de bom Ano Novo, como se estas datas de calendário fossem algo que pode mudar a vida. Não mudam.
23 de dezembro de 2016 às 00:00

Todos os anos renovamos os votos de esperança na paz e de bom Ano Novo, como se estas datas de calendário fossem algo que pode mudar a vida. Não mudam. As Boas Festas são cada vez mais um ritual simbólico esvaziado de outras preocupações que não seja sobreviver a crises, atentados, a ameaças que surgem de todo o lado. Ninguém nos pode garantir que, no meio da nossa rua, mora o terrorista a quem, cordialmente damos as Boas Festas, e no dia seguinte se mata, matando com explosivos ou com um camião, dezenas de vizinhos e não vizinhos. Ninguém nos pode garantir que este ano que se aproxima não é o ano do final do euro e das súbitas crises que vão estalar um pouco por toda a Europa. Há um ano atrás, ninguém imaginava que A Inglaterra abandonava a União Europeia e, até ao último momento, todos quiseram acreditar que os Estados Unidos iriam ser governados por um tipo que fez êxito em programas tipo Casa dos Segredos.

Estas Boas Festas serão, porventura, o desespero por percebermos um mundo mais incerto, mais inseguro, com menos luz e nuvens cada vez mais negras.

2017 vai ser esperança ou desesperança? A vivermos num País onde cada vez há mais velhos e cada vez menos crianças, onde não se conseguem repor os saldos demográficos, é natural que nos sintamos mais inseguros. É da natureza do próprio viver. Quanto mais velhos, mais inseguros. Mas haverá alguma razão para não ser assim? Julgo que existem muitas razões para não aceitarmos o futuro como um fatalismo. Acima de tudo, porque construímos ou assistimos à construção dos nossos filhos e dos nossos netos como sujeitos sociais que são a segurança de que o futuro não é apenas incerteza. É vida e determinação.

Por mais atentados que surjam nos nossos medos, por mais atos terroristas que façam estremecer a paz, é obrigatório saber resistir à desesperança. É obrigatório que essa dimensão afetiva que cruza o fim do ano, seja bem maior do que a nossa alma. Porque é um sinal de força coletiva procurando a paz. É por isso, que vos deseje Boas Festas, com um sorriso límpido de confiança em 2017.

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