
1. A TVI fez 24 anos na segunda, 20, com uma emissão especial. Durante o dia, apresentou novas duplas, como Fátima Lopes/Ruben Rua e Manuel Luís Goucha/Leonor Poeiras, e, à noite, convidou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a conhecer a nova imagem, o novo grafismo, o novo logótipo e a regressar ao comentário no Jornal das 8. Nesse momento de festa, lembrei-me daquela gente anónima que ali ganha o ordenado mínimo, através de recibos verdes, e que trabalha de manhã à noite, e, ainda, de dois homens: Miguel Pais do Amaral e José Eduardo Moniz.
O primeiro, tenha ele os defeitos que tiver, acreditou, como empresário, que era possível fazer uma estação rentável em Portugal, e conseguiu; o segundo, jornalista até ao fim da vida, mesmo sendo vice do Benfica ou falado para ser o candidato do PSD à Câmara de Lisboa, provou que sabe muito de TV. Hoje, aliás, com a estação à beira das bodas de prata, arrisco-me a dizer que esta será sempre a televisão de Moniz, passe por lá quem passar. Doa a quem doer.
2. A TVI24 faz oito anos de vida no domingo, 26. Recordo-me do entusiasmo de João Maia Abreu, o então director da estação, numa entrevista que me deu, dias antes do arranque: "As nossas armas são a nossa informação. E com ela o dinamismo, a irreverência, o rigor, profissionalismo e dedicação ao tratamento das notícias que nos caracteriza. Outra mais-valia, ou arma, se preferir, são os nossos comentadores, analistas de todas as áreas, que são os melhores em opinião em Portugal." Oito anos depois, não são. Veja-se o caso do desporto, por exemplo, entregue a Pedro Guerra, José Eduardo, Rui Pedro Braz e Luís Aguilar. É esta a nata do futebol português que a estação de Queluz de Baixo no cabo tem para oferecer aos espectadores? Que tristeza.
3. Ouço falar que Tânia Laranjo, da CMTV, é a jornalista do momento. Não acho, até porque se limitou a fazer o que lhe competia, neste caso perguntas a Pinto da Costa, à saída da primeira sessão do julgamento da Operação Fénix, onde é acusado de sete crimes. O que me choca é o silêncio dos colegas que trabalham nos ditos meios de comunicação de "referência". Mais outra tristeza.