
No dia em que nasceu e ocupou o seu lugar no espectro televisivo português a CMTV fez-me sonhar. Fez-me sonhar com a possibilidade de crescer enquanto profissional; fez-me sonhar com a oportunidade de pertencer a um projecto temerário; fez-me sonhar com o ensejo de poder abraçar uma redação, que pulsa a cada segundo, comprometida com a notícia.
Quatro anos depois, sinto que o sonho continua vivo, garrido. Afinal-e os números falam por si-a CMTV prossegue, determinada, na ambição de consolidar a meta a que se propôs: liderar a audiência no Cabo.
Mas afinal qual é a fórmula do sucesso? Como tem sido possível crescer de forma tão sustentada em tão pouco espaço de tempo?
Estas questões, perfeitamente entendíveis, emanam de várias fontes. A alguns familiares, amigos mais próximos, vizinhos e até mesmo profissionais que ocupam cargos de direcção em canais da concorrência tenho respondido sempre da mesma forma: "Na CMTV trabalha-se com intensidade. O sucesso do canal, nas mais diversas áreas noticiosas que lhe dão corpo, mede-se pela intensidade com que a sua equipa se entrega ao trabalho."
Se a condição para continuar a viver esta realidade for sonhar, por favor não me acordem. Eu acredito na força de cada uma das palavras de António Gedeão, no último verso de A Pedra Filosofal:
"Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança."