
A televisão está em constante mutação e regozijo-me pelo facto de estar a finar o conceito, a tendência, o paradigma, de que os rostos que dão brilho ao pequeno ecrã, nas mais diversas áreas, têm um prazo de validade. A idade não tem e não deve ser um posto, seja onde for, mas chegámos a viver em Portugal um período em que os semblantes marcados pelas rugas eram totalmente ostracizados e encostados à prateleira sem critério. Nunca entendi e sempre acompanhei com mágoa e uma certa dose de impotência ao afastamento de muitos profissionais que, ainda hoje, podiam estar no ativo e a contribuir de forma substantiva para a qualidade da "nossa" televisão. Ao invés de arrolar as caras que foram vítimas desse período negro, nada condizente, com a realidade norte-americana e britânica, por exemplo, desde há décadas a esta parte, vou destacar o talento de Ribeiro Cristóvão, 77 anos, na SIC, de Joaquim Letria, 73 anos, na TVI, e de Júlio Isidro, 72 anos, na RTP. Falamos de homens diferentes, com percursos totalmente díspares mas, ainda assim, ligados por um denominador comum. Estes três senhores da comunicação são portadores de memória, de experiência, de maturidade, tudo qualidades que fazem falta a qualquer canal de televisão, a qualquer redacção e que durante tanto tempo foram negligenciadas. A série documental ‘Vidas Suspensas’, assinada por Sofia Pinto Coelho e apresentada por Ribeiro Cristóvão, na estação de Carnaxide, figura no top 10 dos programas mais vistos da semana. Já Joaquim Letria, na TVI é convidado com frequência para comentar em horário de day time os mais diversos assuntos e prende milhares de telespectadores ao ecrã. E Júlio Isidro? O que dizer de Júlio Isidro? Há muitos anos, em entrevista para a revista TV Guia, disse-lhe, já com o gravador ligado que era o Rui Costa (ex-jogador do Benfica) da RTP. Hoje, na área do entretenimento continua a sê-lo de forma irrepreensível. Mais do que apresentar o programa ‘Inesquecível’, na televisão pública, o apresentador continua a ser chamado sempre que a exigência da emissão assim o obrigue. Fico feliz por saber que a velhice deixou de ser encarada, por quem manda na TV, como algo pernicioso. A velhice, sabem-no agora, é como um grande livro que folheamos e cujas páginas mais belas se encontram no fim. Velhos são os trapos!
Nunca entendi e sempre acompanhei com mágoa e uma certa dose de impotência ao afastamento de muitos profissionais que, ainda hoje, podiam estar no ativo e a contribuir de forma substantiva para a qualidade da "nossa" televisão. Ao invés de arrolar as caras que foram vítimas desse período negro, nada condizente, com a realidade norte-americana e britânica, por exemplo, desde há décadas a esta parte, vou destacar o talento de Ribeiro Cristóvão, 77 anos, na SIC, de Joaquim Letria, 73 anos, na TVI, e de Júlio Isidro, 72 anos, na RTP.
Falamos de homens diferentes, com percursos totalmente díspares mas, ainda assim, ligados por um denominador comum. Estes três senhores da comunicação são portadores de memória, de experiência, de maturidade, tudo qualidades que fazem falta a qualquer canal de televisão, a qualquer redacção e que durante tanto tempo foram negligenciadas.
A série documental ‘Vidas Suspensas’, assinada por Sofia Pinto Coelho e apresentada por Ribeiro Cristóvão, na estação de Carnaxide, figura no top 10 dos programas mais vistos da semana. Já Joaquim Letria, na TVI é convidado com frequência para comentar em horário de day time os mais diversos assuntos e prende milhares de telespectadores ao ecrã. E Júlio Isidro?
O que dizer de Júlio Isidro? Há muitos anos, em entrevista para a revista TV Guia, disse-lhe, já com o gravador ligado que era o Rui Costa (ex-jogador do Benfica) da RTP. Hoje, na área do entretenimento continua a sê-lo de forma irrepreensível. Mais do que apresentar o programa ‘Inesquecível’, na televisão pública, o apresentador continua a ser chamado sempre que a exigência da emissão assim o obrigue. Fico feliz por saber que a velhice deixou de ser encarada, por quem manda na TV, como algo pernicioso.