'
FLASH!
Verão 2025
Compre aqui em Epaper
Carlos Rodrigues
Carlos Rodrigues A Grelha da Semana

Notícia

SOS serviço público

Depois de lhe ser apontado um silêncio ensurdecedor sobre a RTP e a comunicação social, o ministro da Cultura, que tutela estas duas áreas, decidiu nomear um grupo de trabalho para estudar o futuro do serviço público, a quem caberá a elaboração de um chamado "livro branco" sobre a matéria.
10 de novembro de 2022 às 12:48
Pedro Adão e Silva
Pedro Adão e Silva Foto: Cofina Media

Depois de lhe ser apontado um silêncio ensurdecedor sobre a RTP e a comunicação social, o ministro da Cultura, que tutela estas duas áreas, decidiu nomear um grupo de trabalho para estudar o futuro do serviço público. Caberá a esse grupo de trabalho a elaboração de um chamado "livro branco" sobre a matéria, "livro branco" esse que, segundo o governante, deve anteceder qualquer decisão sobre o novo contrato de concessão a estabelecer entre o Estado e a RTP.

Esta sequência temporal, ao que apurei, surpreendeu a própria administração da RTP, que considerava que estava já tudo fechado e negociado sobre o novo contrato, mas é uma boa decisão, e merece dois elogios principais. Em primeiro lugar, ao tomar esta medida o governante decidiu não persistir na política de atirar o problema para debaixo do tapete. Isso é positivo. Depois, a decisão representa o efetivo reconhecimento de que há um problema. Porque há um problema com o serviço público, quer porque não tem uma opção firme sobre que tipo de programação deve servir aos portugueses, quer porque, sendo serviço público, deveria ter público, e tem cada vez menos, isto é, há cada vez mais serviço público sem público, o que representa uma contradição em termos. Estes são os dois elogios, merecidos, a Pedro Adão e Silva.

A crítica é simples: uma iniciativa com este fôlego não precisava de tanto tempo para ver a luz do dia. O grupo é formado por três profissionais (Jorge Wemans, Sena Santos e Rui Romado) e três académicas, cabendo a Felisbela Lopes, da Universidade do Minho, a respetiva coordenação. Aguardemos pelas conclusões. A RTP e o serviço público bem precisam deste SOS.       

Esta sequência temporal, ao que apurei, surpreendeu a própria administração da RTP, que considerava que estava já tudo fechado e negociado sobre o novo contrato, mas é uma boa decisão, e merece dois elogios principais. Em primeiro lugar, ao tomar esta medida o governante decidiu não persistir na política de atirar o problema para debaixo do tapete. Isso é positivo. Depois, a decisão representa o efetivo reconhecimento de que há um problema. Porque há um problema com o serviço público, quer porque não tem uma opção firme sobre que tipo de programação deve servir aos portugueses, quer porque, sendo serviço público, deveria ter público, e tem cada vez menos, isto é, há cada vez mais serviço público sem público, o que representa uma contradição em termos. Estes são os dois elogios, merecidos, a Pedro Adão e Silva.

 

PROGRAMAÇÃO – PORCHAT NA RTP1

Fábio Porchat, Porta dos Fundos
Fábio Porchat, Porta dos Fundos

Há uma certa estranheza no facto de o humorista brasileiro Porchat ter projetos no horário nobre da RTP1. Não está em causa a valia profissional, evidentemente. Simplesmente, hoje em dia, a maior parte das solicitações audiovisuais das novas gerações surge em português do Brasil. Quem tem filhos que percorrem as redes sociais sabe bem como é difícil resistir à ameaça de fenómenos como Lucas Neto. Julgo que o facto de a TV do Estado tomar esta opção exige uma explicação. Pode ter razões válidas, é certo. Deve é ser muito bem explicado: qual a razão para a estação pública preterir o humor em português de Portugal, em detrimento do humor em português do Brasil? Aguardemos pela explicação.

INFORMAÇÃO - WEB SUMMIT

Marcelo, Web Summit
Marcelo, Web Summit Foto: Sérgio Lemos

'Peace.' Perdoem-me os leitores por começar este texto com uma palavra estrangeira. Estava a citar o Presidente da República portuguesa, num discurso feito na capital do nosso país. Marcelo discursou na Web Summit, um evento em formato de feira tecnológica e de vaidades civilizacionais, uma espécie de negócio privado mas que é pago por todos nós, e escolheu o inglês para dizer que espera que 2023 traga paz ('peace'), a reconstrução da Ucrânia ('rebuild Ukraine'), o combate à inflação ('inflation'), e finalmente medidas para contrariar as alterações climáticas ('climate change'). A hospitalidade é, de facto, uma das nossas qualidades...

 

SOBE - FERNANDO ROCHA

Fernando Rocha
Fernando Rocha

No sábado, a SIC conseguiu inverter a tendência de queda e ganhou à TVI com a inclusão de um 'Não Há Crise' em late night, que surpreendeu a TVI. O bom sabor dos velhos tempos.

SOBE - CRISTINA FERREIRA

Cristina Ferreira, TVI
Cristina Ferreira, TVI Foto: Instagram

Alargou ainda mais o avanço sobre a concorrência nas audiências de domingo, com o 'Big Brother'. Trata-se da consagração da nova rainha dos reality shows, um papel que a apresentadora provavelmente nunca tinha pensado para si.

DESCE - DANIEL OLIVEIRA

Daniel Oliveira, diretor de Programas, SIC
Daniel Oliveira, diretor de Programas, SIC Foto: Instagram

Na semana passada, lancei a possibilidade de este ser o último ano de liderança da SIC. Na verdade, o problema é mais sério: novembro pode muito bem cair já para a TVI. O repto aos responsáveis da SIC é o mais difícil desde que entrou esta direção de programas.

Leia também

você vai gostar de...

Mais notícias de A Grelha da Semana

TVI renasce

TVI renasce

O mercado dos generalistas perdeu, nos primeiros 8 meses, perto de 145 mil espetadores.
Fogo e abandono

Fogo e abandono

É esse mesmo abandono que depois fica registado nas inúmeras reportagens em diretos do combate aos fogos.
Fome em Gaza

Fome em Gaza

Em defesa do que resta do prestígio do Estado israelita, é urgente mudar o rumo deste genocídio lento.
Nada mexe na TVI

Nada mexe na TVI

Já agora, no meio da queda generalizada, até é a informação da TVI que dá alguns sinais de vida.

Subscrever Subscreva a newsletter e receba diariamente todas as noticias de forma confortável