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Pedro Chagas Freitas
Pedro Chagas Freitas COMO F***DER UM CASAMENTO Manual Prático para Mul

Notícia

O amor é...

... sempre a primeira vez.
21 de janeiro de 2019 às 18:25
Pedro Chagas Freitas, Dicionário do Amor, crónica, amor, o amor é...
Pedro Chagas Freitas, Dicionário do Amor, crónica, amor, o amor é...

Havia uma mulher que abria as pernas como se abre a porta do escritório,

que pobreza,

àquela hora, à hora marcada, no dia marcado, na posição de sempre, com o homem de sempre,

as mesmas palavras, as mesmas sensações,

tão boas mas tão as mesmas,

o amor pode ser tão bom mas não pode ser tão o mesmo, sempre tão o mesmo,

amar como se fosse aspirar a casa, ou lavar a loiça,

amar quando passa a ser obrigação é obrigatoriamente uma merda,

e deixa de ser amar,

a mulher um dia decidiu que ia ser diferente,

tentou uma roupa interior nova, uma abordagem nova, algumas palavras novas até,

atirou-se inteira para o marido,

ou nos atiramos inteiros para o amor ou estamos a atirar-nos inteiros para um precipício,

o amor é no limite um abismo que nos salva do precipício,

e é ao mesmo tempo o precipício sem retorno,

nunca se volta do amor,

pelo menos com vida, com a vida que interessa viver,

mas a mulher fez aquilo ao homem, o homem gostou, foi diferente aquela noite, as pernas abriram, a vida abriu, só porque alguém se lembrou de fazer diferente, de fazer novo, de tentar outra vez a primeira vez,

o amor é sempre como se fosse a primeira vez, mas melhor do que ser como a primeira vez é mesmo ser a primeira vez,

amaram-se o tempo suficiente para ser inesquecível,

o que quer dizer que se amaram para sempre, digamos desde já para economizar palavras,

como ela, que agora aprendeu a economizar em tudo,

mas não em gemidos,

eu que sou o vizinho de baixo que o diga,

que não se dorme neste prédio há uns dias,

chiça.  

Sadio: adj. Ir com tudo mesmo que com medo de perder tudo; ninguém que arriscou a felicidade deixou de ter pelo menos uns momentos de felicidade.

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