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Paulo Abreu
Paulo Abreu O Tal Canal

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A vergonha do 'The Voice'

A nova temporada do concurso da RTP1, um grande formato de entretenimento de televisão, volta a ser dominada pelas canções em inglês. A estação pública tem a obrigação de promover e difundir a língua de Camões.
26 de outubro de 2019 às 07:00
The Voice, rtp, catarina furtado, vasco palmeirim, Diogo Piçarra, António Zambujo, Marisa Liz
The Voice, rtp, catarina furtado, vasco palmeirim, Diogo Piçarra, António Zambujo, Marisa Liz

1. Não gosto de 'Casados à Primeira Vista'. Respeito quem segue as incidências daqueles casais, daquelas "touradas" que ajudam a distrair e a animar um pouco as pessoas lá em casa e, para ser muito sincero, até consigo perceber o seu relativo sucesso nas audiências – no domingo, dia 20, foi visto por 1 milhão e 117 mil espectadores. Mas eu só por obrigação profissional acompanho este reality show da SIC. A minha escolha nessa noite, depois de o meu Vicente ver os bonecos no Canal Panda ou no Baby TV, é o 'The Voice', este, sim, um grande programa de televisão que dá palco a jovens e velhos, homens e mulheres, que sonham em seguir uma carreira na música.

Com Catarina Furtado e Vasco Palmeirim na apresentação e com um painel de jurados/mentores mais valioso do que o das edições anteriores – Diogo Piçarra e António Zambujo mostram como se faz a Mickael Carreira e a Anselmo Ralph no conteúdo da avaliação –, a minha crítica a este formato da RTP1, visto no último domingo por quase um milhão de espectadores, é apenas uma: a de se cantar pouco em português. Se fosse uma estação privada, admitiria a estratégia, mas como é uma estação pública, paga por todos nós, que tem a obrigação de promover e difundir a língua de Camões, não a posso aceitar. É inglês para aqui, é inglês para ali, e mais inglês para acolá. José Fragoso, diretor de Programas da RTP, devia ter vergonha desta realidade.

2. Menos de dois anos após ter abandonado a administração da RTP, por conflito de interesses gerado por ser dono da Produções Fictícias (PF) e de um canal de televisão (Canal Q), Nuno Artur Silva foi nomeado agora secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media, que tutela a estação pública. Recordo que em 2015, quando assumiu o cargo de administrador da RTP, prometeu alienar a PF e que três anos depois, isto é, em 2018, apenas tinha abandonado a gerência da empresa. Entretanto, disse que quando tomar posse (este sábado, dia 26) pretende deixar de ser acionista da produtora e do Canal Q. Já o fez. Vendeu ao sobrinho. Se continua a haver conflito de interesses? Parece-me óbvia a resposta.

3. Depois de ter ido ao 'Alta Definição', magazine social da SIC, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convidou 40 influenciadores digitais para uma reunião no Palácio de Belém. A sério, não estou a brincar.

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