Rivais até à morte? Como era a verdadeira relação de Michael Schumacher e Ayrton Senna
Quando se sentavam ao volante de um Fórmula1 a competitividade dominava, mas será que os dois pilotos estavam mesmo de costas voltadas? O que levou o alemão a não comparecer no funeral do brasileiro? Há quem venha agora contar tudo o que se passava nos bastidores.Ayrton Senna morreu há 31 anos a fazer o que mais gostava: ao volante um carro de Fórmula 1. A morte do piloto brasileiro foi um dia triste para o automobilismo mundial e o seu funeral uma imensa manifestação de pesar. Entre tantas personalidades que fizeram questão de marcar presença no último adeus a Senna, não passou despercebida a ausência do seu maior rival: Michael Schumacher.
Será que a rivalidade bem patente nos circuitos também tinha manchado a relação quando não estavam a competir? O piloto alemão veio explicar que só não compareceu no funeral de Senna - de quem garantiu ser um grande admirador - pelo impacto emocional que a morte do colega teve em si. Explicou que não queria “tornar público seu luto” e que chegou a ponderar abandonar o automobilismo após o acidente com Senna.
Contudo, Schumacher acabou por viajar para o Brasil na companhia da mulher, Corinna, para visitar o túmulo do campeão brasileiro. Foi uma visita privada e muito emotiva. Só que nem esta visita ao cemitério apagou a imagem negativa que o alemão tinha para os fãs de Senna. Agora, Jonathan Wheatley, atual chefe da Sauber e ex-mecânico da Benetton, vem revelar o que se passava nos bastidores entre os dois pilotos.
"Existia uma camaradagem que talvez as pessoas não percebessem. Não havia só a competição feroz. Havia também convivência próxima nos bastidores", garantiu Wheatley no 'podcast' 'Beyond the Grid'. O chefe da Sauber ainda lembrou um dos piores fins de semana que viveu no automobismo, o do Grande Prémio de San Marino em 1994.
Rubens Barrichello sofreu forte acidente na sexta-feira, seguido pela morte de Roland Ratzenberger no sábado, 30 de abril. Ayrton Senna perdeu a vida no domingo, 1 de maio, na curva Tamburello. "Foi o pior fim de semana que consigo lembrar. Lembro-me das emoções como se fosse ontem. Mick Cowlishaw, chefe de mecânicos da Benetton, colocou a mão no meu braço e disse que Ayrton havia morrido. Sabia da relação que tinha e o quanto isso me afetava”, revelou.