Dizem alguns comentadores que o Almirante Melo quis mostrar ao País como se governa e, desta forma, dar mais um passo para se candidatar a Presidente da República. Enganou-se. Perdeu eleitores.
Sabia-se, quando o problema se começou a colocar há duas, três décadas, que seria uma marcha dolorosa e pejada de dificuldades. A cultura patriarcal não se vence, no que respeita à luta pela igualdade de género, com discursos pomposos e lugares comuns que enfeitam o panfletismo e a retórica vazia.
Já outros Papas se tinham insurgido contra o abuso sexual de menores por ministros da Igreja. Porém, foi o Papa Francisco quem deu o murro decisivo na mesa.
Esta semana, mais uma vez, dezenas de migrantes clandestinos adormeceram para sempre no fundo das suas águas. Nas últimas décadas ficou polvilhado de cadáveres dos que procuram sobreviver ao lado ruim deste mar de excessos.
Putin tornou-se no carrasco, indiferente, à brutalidade dos seus canhões. Hospitais, escolas, bairros residenciais, todos reduzidos a escombros, são o currículo glorioso que ostenta na celebração do horror.
Por cada dia que passa, encontram-se menos sobreviventes, ganham maior força as listas de mortos e desaparecidos e passada uma semana sobre a tragédia, encontrar um sinal de vida é como procurar uma agulha num palheiro.
Em Olhão são manifestações racistas movidas por ódio exacerbado contra quem é diferente. Em Lisboa, é a manifestação mais ruim da miséria humana que faz desta gente os mais infelizes dos seres humanos. Porém, quer no Algarve, quer em Lisboa, são todos famintos de liberdade, de cidadania, da dignidade com que estamos obrigados, pela nossa Constituição, a tratar qualquer ser humano.
Seja como for, os estudos criminais sobre a atividade das mulheres trazem outros tipos de abordagem. Na verdade, correspondem em termos de condição e intervenção social, no que respeita às relações de poder, o enorme desequilíbrio entre géneros que é típica da sociedade patriarcal.
Quando se trata de cuidar de crianças, percebe-se que as vedetas de ocasião, muitas vezes nem pensam nos danos que os seus comportamentos histriónicos causam naqueles nenhuma culpa têm no desentendimento dos pais.
Estamos a produzir uma sociedade do efémero. Do consumo. Da emergência de mitos e de ritos fúteis onde a memória não desempenha qualquer papel, onde o amor se reduziu a um fogo fátuo.
Vulgarmente, quando se fala de Segurança existe um mecanismo psicossociológico que nos orienta para pensar em Polícias. É um automatismo vesgo. Se existem forças de segurança que são decisivas para a manutenção da paz pública, ganham relevância a ação dos Bombeiros.