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Francisco Moita Flores
Francisco Moita Flores Piquete de Polícia

Notícia

O prazer do mal

O que motivas estas equipas de grandes talentos no terreno da informática a destruir pelo prazer de destruir? Diz-me, quem sabe desta matéria, que a maioria destes ataques, ainda que provocando enormes danos materiais, resulta do enorme gozo que os hackers retiram ao conseguir passar barreiras de segurança altamente encriptadas e de roubar a "vida" de quem usa a Internet, sejam pessoas ou empresas.
13 de fevereiro de 2022 às 06:00
computador
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Não há muito tempo, os servidores da Impresa foram atacados por piratas informáticos, pondo os títulos que tutela em completa falência. Agora, o ataque dirigiu-se à Cofina, procurando destruir o trabalho de centenas de pessoas que ali trabalham.

É verdade que se trata de ataques criminosos. Portanto, que sejam investigados como tal. Essa é tarefa das Polícias. Porém, estes e outros ataques de piratas informáticos que ocorrem com regularidade, sempre me suscitaram outras inquietações para as quais não encontro resposta.

Qual é o nível de prazer que se retira por fazer mal, destruir mesmo, a vida de outras pessoas ou de empresas?

O que motivas estas equipas de grandes talentos no terreno da informática a destruir pelo prazer de destruir? Sou de uma geração de infoexcluídos que, em computadores, sabe utilizar as ferramentas mais simples. Diz-me, quem sabe desta matéria, que a maioria destes ataques, ainda que provocando enormes danos materiais, resulta do enorme gozo que os hackers retiram ao conseguir passar barreiras de segurança altamente encriptadas e de roubar (pois de um roubo se trata) a "vida" de quem usa a Internet, sejam pessoas ou empresas.

Admite-se que haja alguns que pratiquem estes atos invasivos e destruidores ao serviço de vinganças pessoais ou de concorrência criminosa. Porém, o motivo maior, o sentimento que excita, que pesquisa, que adultera, é o prazer quase libidinoso de destruir.

Há qualquer coisa de mórbido, diria mesmo atroz, na formação de personalidade destes piratas. Não é apenas a ausência de regras. É o prazer na sua violação. O prazer mórbido na liquidação da vida e do trabalho de outros.

Associado e esta inquietante perplexidade, surge outra questão, bem mais complexos e desafiadora.

Em poucas décadas, fomo-nos divorciando do mundo material para aderirmos ao mundo

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