
A consolidação da Era Digital aporta, até ver, mais vantagens do que desvantagens para quem informa e ao mesmo tempo gosta de estar a par de tudo o que se passa no mundo.
Hoje, qualquer cidadão pode divulgar o que quiser através das redes sociais e acaba automaticamente por ter acesso a uma ampla audiência. Este é o paradigma que nos rege e sobre o qual devemos refletir; estas são as regras do jogo, que muitas vezes geram confusão sobre o que é, ou não, jornalismo, sobre quem é efetivamente jornalista e como devemos agir de forma coletiva para produzir e consumir informação de qualidade.
Estou na linha da frente a aplaudir a Era Digital, por tudo o que oferece, mas sempre em alerta para as falácias que acompanham a vertigem dos tempos. E é nas redes sociais, fora das redações, que o perigo mais se mascara, sobretudo na forma e no modo como se fazem juízos de valor e se transformam arguidos em culpados absolutos, indignos de terem direito a julgamento formal.
A Era Digital é absolutamente bem-vinda. Cabe-nos a nós, jornalistas, espetadores e leitores separar o trigo do joio, ter a capacidade de saber escolher a televisão e o jornal que se diferenciam pelo modo como seguem e vertem os seus príncipios editoriais.
Por outro lado, e mais importante para o tema que trago à coação, nunca devemos dar como irrefutáveis, sem pestanejar, as informações que entopem o Facebook, o Instagram, o Twitter, o Whats App e tantas outras redes sociais que, dia após dia, vão tomando conta das nossas vidas.
Eu já fiz a minha escolha para informar e estar bem informado. E você?