
Decidi esperar alguns dias até que a notícia maturasse e sobre ela se fizessem todo o tipo de análises e leituras. Teresa Guilherme já não será o rosto do novo 'reality show' da TVI que arranca no início do próximo ano. "A culpa é de Cristina Ferreira", diz-se à boca pequena nos bastidores da televisão, a começar pelos corredores da estação de Queluz de Baixo.
A rivalidade antiga, que confirmo, mas que não interessa agora desfiar, está muito longe de ser a única causa, ou até mesmo a mais determinante, para o afastamento de Teresa Guilherme. Não obstante o respeito e a admiração pelo caminho que trilhou na caixinha mágica, entendo que a apresentadora, produtora e atriz está a ser vítima de si própria.
Comparo Teresa Guilherme às estrelas de futebol que não conseguem assumir que chegou o momento de arrumar as chuteiras e passar a abraçar outra profissão ou atividade. A margem de manobra de Teresa Guilherme, na TVI, foi-se perdendo com o tempo e acabou por se tornar ainda mais exígua graças à confrangedora audiência alcançada pelo programa ‘Biggest Deal’, o culminar de uma série de maus resultados.
Saber sair de cena é algo que se impõe a qualquer um. Teresa Guilherme não estaria hoje a ser banida de um modo tão cru, caso tivesse optado por trocar as câmaras pelo trabalho de bastidores; não estaria a ser acossada por ser o rosto do insucesso; não estaria preocupada com o que agora se poderá escrever sobre o seu desempenho; não saberia pela imprensa que o seu nome já não contava para nada. Faltou a Teresa Guilherme perceber que a luz da fama não alumia para sempre.
Tal como escreve o pensador Rafael Pavani: "O mais importante do espetáculo da vida é saber a hora de sair de cena"