Há mais de 200 obras de arte para conhecer neste novo museu de Lisboa... que também é um Hotel de 5 estrelas!
Há um novo espaço a nascer em Lisboa, que alia a arte ao luxo, num ambiente requintado e eleganteO Museu de Arte Contemporâneo Armando Martins (MACAM) abre portas já no próximo sábado, dia 22 de março, no Palácio Condes da Ribeira Grande, na Rua da Junqueira, e conta com mais de 600 obras, entre uma exposição permanente ("Uma coleção a dois tempos") e duas que estarão presentes apenas temporariamente e quatro galerias.
Para além disto, existe uma área designada a reservas por parte de outros colecionadores, apelidada de "A Casa das Coleções Privadas".
O conceito, segundo o proprietário, passa por ter um hotel cinco estrelas dentro de um museu. Os 64 quartos disponíveis (cujos preços podem chegar até aos 400 euros por noite) contam com várias obras de arte adquiridas ao longo de várias décadas.
Entre os artistas presentes nesta exposição estão nomes como os de Lourdes Castro, José Malhoa (a quem pertence a obra mais antiga da exposição 'A sesta dos ceifeiros', datada de 1855-1953), Amadeo de Souza-Cardoso, Almada Negreiros ou Paula Rego a nível nacional e Carlos Garaicoa, Santiago Sierra, Antoni Tàpies ou John Baldessari, a nível internacional.
Armando Martins afirma que este é um projeto 100% privado dado a sua independência em relação aos apoios do Estado português. O hotel só irá abrir ao público na Páscoa sendo que, até lá, estará apenas disponíveis para os convidados da organização.
Foi em 1974 que Armando teve a sua primeira pintura. Era de Rogério Ribeiro. Com o passar dos anos, a paixão cresceu e, na década de 80, tornou-se um apaixonado pela arte contemporânea portuguesa, estendendo-se depois ao estrangeiro, organizando a sua primeira grande exposição em 1988, com obras de Manuel Cargaleiro.
Na capela do Palácio, estão três obras de Carlos Aires inspiradas na Nossa Senhora do Carmo e Santo António, num espaço que irá servir de bar, com vários programas de várias artes.
Para além disto, o projeto MurMur servirá como forma de dar exposição a artistas em crescimento, permitindo criarem obras que irão adornar a entrada do edifício.
A exposição "Uma coleção a dois tempos" conta com obras de Ernesto Neto, Thomas Struth, Liam Gillick ou Dan Graham, numa curadoria de Adelaide Ginga - diretora do MACAM - e Carolina Quintela, contando com a ajuda de uma equipa de especialistas de conservação e restauro.
Apesar de tudo isto, Armando Martins garante que irá trabalhar para alargar a sua coleção sobretudo com artistas oriundos dos continentes africano e asiático.
A inauguração irá decorrer durante o período de três dias (dia 22, 23 e 24 de março), entre as 10h e as 19h, com várias atividades para o público e entrada gratuita.